Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GENELUCIA CRUZ SANTANA
DATA: 24/10/2022
HORA: 08:00
LOCAL: meet.google.com/eju-qubr-cpr
TÍTULO: Na trilha do LH: estratégias pedagógicas para tratar a despalatalização na escrita
PALAVRAS-CHAVES: Despalatalização. Iotização. Vocalização. Sequência de Atividades. Consciência Fonológica.
PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Língua Portuguesa
RESUMO:

Este estudo objetiva investigar, na escrita de alunos do 4°ano de uma escola municipal de Sergipe, o emprego do dígrafo “lh” e o processo de despalatalição que ocorre na oralidade e que interfere na produção textual dos alunos, ocorrendo a sua troca por outro segmento na fase de letramento Percebemos, por meio da análise de produções textuais de testes de entrada que a grande a maioria dos alunos realiza desvios de ortografia porque se apoiam nas suas variações dialetais. No caso dos nossos alunos, na oralidade, o fonema /´/ classificado como líquida lateral palatal pode sofrer transformações diversas, sendo produzido como (i) líquida lateral alveolar /l/; (ii) líquida lateral alveolar /l/ seguido de iode /j/, que desencadeia a iotização; (iii) vogal, gerando a semivocalização ou a vocalização ou até mesmo como /O/, quando ocorre o seu teórico desaparecimento. Com o propósito de descobrir se essas produções interferem diretamente na escrita dos alunos e no intuito de criar uma sequência pedagógica interveniente que possa dirimir esse tipo de erro, realizamos testes diagnósticos, analisamos dados de escrita e de oralidade e, ao final, propomos um produto replicável chamado Trilha, que tem como objetivo conscientizar para a existência de “lh”, na escrita, enquanto correlato de outro fones que equivalem ao dígrafo na oralidade. Para apoiar nossa discussão, trazemos autores como Magda Soares (2020) e Kleiman (2007), que contribuem com a áreas do letramento e Cagliari (1974) e Cristófaro-Silva, (2007) que nos ensinam sobre fonética e fonologia. Os resultados, ainda que parciais, apontam para a recorrente troca de /´/ pela produção de /ly/ como mais produtiva, ou seja, tanto na oralidade quanto na escrita, os alunos realizam mais iotização do que vocalização, que consiste na troca de lh por vogal. Foram raras as ocorrências de despalatalização por lateralização, ou seja, troca de /´/ por /l/. No entanto, surgiu na escrita o apagamento de “l” e a manutenção do “h”, o que pode demonstrar que não somente a oralidade influencia na grafia de sons que são representados por duas letras.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1871691 - VANESSA GONZAGA NUNES
Interno - 6426204 - DENISE PORTO CARDOSO
Externo à Instituição - DIRCEL APARECIDA KAILER