Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA SILVA
DATA: 29/07/2019
HORA: 09:30
LOCAL: AUDITÓRIO DO DTA (Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFS)
TÍTULO: USO DE INDICADORES DE CAPITAL HUMANO COMO DETERMINANTES DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
PALAVRAS-CHAVES: Indicador; Capital Humano; Patente; Armadilha de Patente.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:
O conhecimento apresenta-se como diferencial competitivo nas organizações, sendo um dos seus mais importantes insumos, podendo-se medir sua materialização através das patentes. Estudos sobre os indicadores de inovação utilizam informações sobre patentes e investimentos em P&D (públicos e privados) para formular análises sobre o perfil dos sistemas de inovação. Com frequência, relacionam o aumento dos gastos em P&D com o aumento de depósito de patentes. Não há pesquisas que explorem, explicitamente, a relação do capital humano com a produção de propriedade intelectual própria de cada país. O capital humano se refere a todos os atributos da mão de obra que potencialmente aumentem produtividade do trabalho existente e capacidade inovativa. O problema lançado foi: existe aplicabilidade do índice de capital humano na determinação da produção de patentes? Objetivando apresentar evidências sobre relação do capital humano como determinante na produção de patentes, buscou-se medir e comparar a eficiência do capital humano na produção de patentes dos países. Adotou-se a metodologia econométrica clássica, começando pela determinação do arcabouço teórico e hipóteses, seguindo pela determinação matemática e especificação econométrica. O software utilizado foi o Econometric Views Academic. Utilizaram-se dados de patentes no USPTO dos integrantes do G7, dos países mais inovadores e do Brasil, e seus índices de capital humano no Banco Mundial. O estudo comprovou que o índice de capital humano é forte componente na produção de patentes, podendo ser estudado também para demais direitos de propriedade intelectual. O Brasil, embora apresente uma grande evolução do capital humano, tem exibido baixa produção de patentes, podendo-se supor que está preso ao que este estudo denomina [UTF-8?]“armadilha de [UTF-8?]patentesâ€. Tal teoria infere sobre algumas situações adversas previstas para a dinâmica das nações no tocante ao crescimento de longo prazo, as desigualdades socioeconômicas e nível de emprego. A armadilha de patentes se daria por características (i) da organização industrial do país (firmas, estrutura de custos, modelos concorrenciais, grau de abertura da economia etc), (ii) o timing ou rigidez da evolução do capital humano (quando a mobilidade e especialização da mão de obra não acompanham as mudanças da fronteira tecnológica a ponto de participar de sua edificação), ou (iii) aspectos legais debilitam a produção da propriedade intelectual. Os indicadores de capital humano são sensíveis às políticas públicas no campo social, portanto, através deste trabalho, pode-se inferir acerca dos efeitos e ações em saúde e educação sobre a propriedade intelectual. Uma síntese dos resultados: existe diferenciais de capital humano entre os países; índice de capital humano é determinante da produção de patentes; existe diferenças na eficiência de produção de patentes para países de capital humano semelhantes; supondo convergência de capital humano entre as nações, a despeito da controversa convergência dos padrões de renda, haverá concentração de riqueza provocada por patentes; países de menor sensibilidade capital humano na produção de patentes perderão importância no cenário da inovação, inaugurando uma dinâmica de estagnação econômica, desemprego e concentrada distribuição de renda no longo prazo, mesmo diante de elevado padrão do capital humano.