Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VALERIA MELO MENDONÇA
DATA: 22/02/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Engenharia Agronômica - DEA/UFS
TÍTULO: USO DE BIODIVERSIDADE VEGETAL NA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
PALAVRAS-CHAVES: biotecnologia; fitoterápicos; patentometria; rastreabilidade
PÁGINAS: 175
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:
A utilização comercial dos recursos genéticos, e seu notório potencial para o desenvolvimento de novos produtos, tornou a biodiversidade objeto de negociação internacional. Por isso, muitos países, no intuito de defender e assegurar seu patrimônio genético têm estabelecido normas de proteção e políticas públicas para o desenvolvimento da propriedade industrial. Esta pode ser avaliada por meio de análise de patentes, indicadores relevantes que estão associados à capacidade de transformar o conhecimento científico em produtos ou inovações tecnológicas. Diversos produtos tecnológicos utilizam a biodiversidade vegetal na sua composição, principalmente, nas áreas da biotecnologia e das preparações medicinais, por isso, as informações descritas em suas patentes podem ser úteis a elaboração de indicadores tecnológicos de uso dessa biodiversidade. No entanto, a forma como as patentes são escritas dificultam sua categorização por táxons, e consequentemente a análise de como a biodiversidade está sendo utilizada na produção de inovação tecnológica. Essa dificuldade reflete-se na formulação de índices e indicadores, e consequentemente, na elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento industrial, econômico, e ambiental. Os fitoterápicos são exemplos de produtos tecnológicos que envolvem a industrialização da biodiversidade vegetal, as políticas públicas e a propriedade industrial, e através de seu estudo é possível analisar tendências e entender como o arcabouço legislativo e a certificação do uso e acesso a biodiversidade vegetal podem influenciar a inovação tecnológica. Então, visando rastrear a biodiversidade, o objetivo geral desta tese foi propor um índice de Inovação Tecnológica e Biodiversidade (i ITBio) para mensurar o uso tecnológico da biodiversidade vegetal em patentes. A metodologia compreendeu duas etapas, uma pesquisa exploratória e tecnológica baseada em estudo observacional e documental realizado por meio de patentometria e estudos bibliométricos (mapeamento bibliográfico, revisão sistemática e integrativa), seguida, da elaboração de um protocolo de pesquisa de Inovação Tecnológica e Biodiversidade (ITBio) para categorizar as patentes por sua classificação biológica hierárquica (táxon) e possibilitar por meio de análises estatísticas estimar o índice do uso tecnológico da biodiversidade (i ITBio). Como resultados foram apresentados os indicadores oficiais de ciência, tecnologia, e inovação; a revisão sistemática sobre indicadores tecnológicos e biodiversidade vegetal; a revisão integrativa sobre sistemas regulatórios de produtos fitoterápicos e políticas públicas envolvidas; análises de tendências do uso da biodiversidade vegetal em produtos fitoterápicos; uma análise comparativa de estratégias de busca de patentes em produtos fitoterápicos; um protocolo de pesquisa ITBio e a proposta do índice de uso tecnológico da biodiversidade (i ITBIO). Conclui-se que os estudos de revisão foram importantes ferramentas para abordar a temática em questão e fundamentar a formulação do índice proposto. Enquanto que o estudo dos produtos fitoterápicos e suas patentes possibilitou a análise da regulação, das tendências e perfis tecnológicos do uso da biodiversidade vegetal. O protocolo de pesquisa ITBio permitiu categorizar as patentes por táxon, rastrear a biodiversidade vegetal, e mensurar o índice do uso tecnológico da biodiversidade vegetal na inovação tecnológica de produtos fitoterápicos.