Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FÁTIMA REGINA ZAN
DATA: 18/12/2017
HORA: 14:00
LOCAL: A DEFINIR
TÍTULO: GESTÃO E ALINHAMENTO ESTRATÉGICO NAS ENTIDADES GESTORAS/CERTIFICADORAS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS DE VINHOS
PALAVRAS-CHAVES: Vinhos; Indicações Geográficas; Gestão Estratégica; Propriedade Intelectual.
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:
Na antiguidade, a utilização da identificação dos produtos por região já era uma característica utilizada na demonstração de notoriedade através da origem. Mas foi na idade moderna, no ano de 1756, que o Marquês do Pombal, primeiro ministro de Portugal, com o intuito de proteger o Vinho do Porto contra falsificações, criou e agrupou os produtores em torno da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Ato Douro. A região demarcada obteve o direito a exclusividade de produzir o vinho do Porto, passando a ser protegida contra as falsificações, contando ainda com um sistema de controle e certificação. A Europa é considerada o berço das Indicações Geográficas(IGs), referência para outros países, que passaram a utilizar este mecanismo de proteção de produtos de origem e promoção do desenvolvimento local. Entretanto, verificou-se um grande avanço na implementação de IGs, em nível mundial, a partir da entrada em vigor do Acordo Sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (ADPIC/TRIPS), em 1995. Consequentemente, os países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) passaram a ter obrigatoriedade de criar mecanismos, ou seja, um marco jurídico nacional de proteção de propriedade intelectual e regulamentação de utilização da marca coletiva criada através das IGs. Além da proteção dos produtos, o sucesso de uma IG depende da Gestão Estratégica das entidades que promovem a organização dos agentes econômicos para a certificação dos produtos. A implementação de estratégias no âmbito das organizações associativas, depende do envolvimento de todos os stakeholders para obter resultados eficientes e eficazes. No caso das IGs, as Entidades Gestoras/Certificadoras constituídas gerenciam as atividades coletivas, mas os agentes econômicos trabalham individualmente buscando alternativas de produção e são auxiliados pela organização para manter a competividade no mercado. As respostas obtidas, a partir da percepção dos Agentes Econômicos, foram direcionadas para a questão da pesquisa: Como as ações de gestão estratégica, tanto coletivas como individuais, na percepção dos Agentes Econômicos, podem garantir o sucesso das Indicações Geográficas? O objetivo central da tese foi a construção de um modelo de gestão e processo de avaliação do alinhamento estratégico, a partir da análise das variáveis estratégicas: Organizacionais; Governança/Comunicação; Relações Interorganizacionais; Qualidade e Boas Práticas de Fabricação; Inovação; Agregação de Valor; e Responsabilidade Social que constituí o Modelo Proposto: GEEC-Gestão Estratégica das Entidades Gestoras/Certificadoras. As informações e dados, documentos e percepções, foram coletados no âmbito das Indicações Geográficas de vinhos, em Portugal e no Brasil. A consolidação das IGs contribuem para o desenvolvimento dos Agentes Econômicos envolvidos, através do trabalho realizado pelas organizações coletivas, e desempenham um papel fundamental para manter a cultura, tradição e a qualidade dos vinhos das regiões demarcadas.