A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de DEFESA: CAIO GRACO QUEIROZ MAIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAIO GRACO QUEIROZ MAIA
DATA: 28/02/2020
HORA: 15:00
LOCAL: PPGF-UFS
TÍTULO: A crítica de Walter Benjamin ao conceito de vivência no Ensaio “As afinidades eletivas de Goethe”
PALAVRAS-CHAVES: Walter Benjamin. Vivência. Experiência. Wilhelm Dilthey. Friedrich Gundolf.
PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:

A teoria benjaminiana do “empobrecimento da experiência na modernidade” tem, entre seus principais elementos, a crítica ao conceito de vivência (Erlebnis). Daí o tema do presente trabalho, que visa a primeira elaboração desenvolvida dessa crítica, tal como se encontra no ensaio benjaminiano sobre “As afinidades eletivas de Goethe”. Nessa primeira elaboração, Benjamin relaciona o conceito de vivência ao problema metodológico próprio à crítica de arte, à historiografia de arte e à biografia: o problema da fronteira entre conteúdos da vida e conteúdos da obra. Em outras palavras, trata-se do problema proveniente da concepção corrente e da prática disseminada, que integram tais conteúdos, colocando-os em um só e mesmo patamar, a fim de que possam iluminar-se ou esclarecer-se mutuamente. Ainda nessa primeira elaboração crítica, Benjamin dirige-se nominalmente contra a obra “Goethe”, de Friedrich Gundolf. Por outro lado, suas considerações críticas acabam por alcançar também Wilhelm Dilthey (principalmente em sua obra “Das Erlebnis und die Dichtung”), na medida em que o filósofo inseriu o termo vivência (Erlebnis) na filosofia, conceituando-o, e assim, influenciou consideravelmente autores como o próprio Gundolf. Trata-se de analisar e caracterizar, primeiramente, os desenvolvimentos do conceito de vivência em Dilthey e Gundolf, apontando para as suas particularidades, similaridades e diferenças. Em seguida, voltar-se à perspectiva crítica de Benjamin, confrontando-a com os resultados encontrados naqueles autores. Pode-se destacar, por um lado, a relação entre Erlebnis, vida e expressão poética, desenvolvida por Dilthey no ensaio “Goethe e a fantasia poética” (que compõe “Das Erlebnis und die Dichtung”) e, por outro, a conceituação de Erlebnis como dado básico da relação entre sujeito e mundo, elaborada, pelo mesmo autor, em “A construção do mundo histórico nas ciências humanas”. Em Dilthey, a Erlebnis torna possível o conhecimento histórico mediante a consideração da vida comum a todo sujeito. Gundolf, por sua vez, também interpreta a obra de Goethe a partir do conceito de Erlebnis, aqui considerado como aquilo que é expresso na poesia. Além disso, Erlebnis constitui, juntamente com o conceito de obra, o conceito de Gestalt (vide a caracterização de Goethe como indivíduo de grande valor histórico e, ao mesmo tempo, acima dos outros homens). Nesse sentido, observamos como Benjamin se refere à mitologização do artista a partir do uso do conceito de Erlebnis. Para o filósofo, com os trabalhos de Dilthey e, principalmente, de Gundolf, ocorrem erros de demarcação na fronteira entre obra e vida, mas também entre humano e sobre-humano, entre mítico e divino, que acabam por tornar o artista uma figura sobre-humana, monumentalizando-o como verdadeiro herói mítico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2222748 - EVERALDO VANDERLEI DE OLIVEIRA
Interno - 1015844 - ARTHUR EDUARDO GRUPILLO CHAGAS
Externo ao Programa - 3316721 - PERICLES MORAIS DE ANDRADE JUNIOR

Notícia cadastrada em: 10/02/2020 12:04
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua3.bigua3 v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf