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Banca de DEFESA: LUIZ CARLOS GOMES JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ CARLOS GOMES JUNIOR
DATA: 26/02/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 01 do Polo de Gestão
TÍTULO: O republicanismo de Montesquieu.
PALAVRAS-CHAVES: Montesquieu; republicanismo; virtude; liberdade política
PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:

O objetivo desta pesquisa é analisar o republicanismo de Montesquieu. Com a publicação de O espírito das leis, os censores enxergaram na obra uma inclinação do seu autor aos governos republicanos e um odium monarchie. Aos censores Montesquieu respondeu que os dois governos eram bons e que o melhor dos dois era aquele do qual se dispõe. O filósofo foi, com efeito, um crítico do absolutismo monárquico francês, porém jamais defendeu a República como uma solução aos males políticos da nação francesa. Por outro lado, não negava sua admiração pelas instituições dos governos republicanos, tinha um profundo interesse pela história das Repúblicas antigas (Atenas, Lacedemônia e Roma) e a linguagem, as fontes e os temas que rodeiam o ideário republicano foram uma constante desde os seus primeiros escritos políticos até O espírito das leis. Assim, os censores de O espírito das leis teriam sido os primeiros a levantar indiretamente uma possível abordagem republicana do pensamento de Montesquieu. Entretanto, acabaram por reforçar a imagem do pensador ligado à Monarquia que se tornaria determinante para o modo como suas idéias seriam interpretadas e recepcionadas nos debates políticos que envolveram a formação da República francesa durante os séculos XVIII e XIX. Uma hipótese de leitura republicana em Montesquieu tardaria acontecer e não viria pelas lentes das fontes clássicas do republicanismo – Platão, Aristóteles, Cícero e Maquiavel – que nutriam as reflexões do filósofo sobre o assunto. No primeiro capítulo, demonstraremos que ela foi construída pela perspectiva liberal, em que os intérpretes de Montesquieu discutem a natureza moderna da constituição inglesa no livro XI de O espírito das leis, no qual o filósofo desenvolveu sua teoria da divisão dos poderes e da liberdade política. Para defender essas marcas modernas da constituição inglesa, os intérpretes confirmam que o filósofo francês tinha uma admiração pelos governos republicanos antigos, em que a idéia de virtude era o seu motor, mas que Montesquieu caminharia, ao longo da sua produção intelectual, em direção ao reconhecimento da constituição inglesa como um regime político mais adequado aos anseios e à liberdade dos modernos. As marcas modernas desse modelo de organização política estariam, por exemplo, na proteção da liberdade individual, na forma representativa de governo, na tripartição dos poderes, no império da lei e na exploração da riqueza das sociedades comerciais. No segundo capítulo, demonstraremos que a linguagem republicana de Montesquieu pode ser traçada através da temática da relação entre a virtude (o interesse público) e a riqueza (interesses privados) e que a possibilidade de determinação de um equilíbrio entre elas estaria na mesma base de determinação da liberdade política da constituição inglesa. Assim, uma forma difusa e distribuída de poder seria uma maneira de anular os efeitos das desigualdades de riquezas entre os homens nas esferas de decisão do poder e impedir tanto o domínio de uma parcela da sociedade sobre a outra quanto o predomínio dos interesses particulares sobre o interesse público. Esperamos que esta pesquisa possa suscitar novos trabalhos e leituras sobre Montesquieu no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 426603 - ANTONIO CARLOS DOS SANTOS
Interno - 1698693 - EVALDO BECKER
Externo à Instituição - ALBERTO RIBEIRO GONÇALVES DE BARROS

Notícia cadastrada em: 20/01/2016 14:18
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