Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDA BISPO DE OLIVEIRA
DATA: 20/02/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do DEF
TÍTULO: AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL DO OMBRO DE MULHERES MASTECTOMIZADAS APÓS TERAPIA POR EXERCÍCIO: UM ESTUDO COM FOLLOW- UP DE 04 ANOS.
PALAVRAS-CHAVES: neoplasia da mama; sobreviventes do câncer de mama:
desempenho funcional; ombro; terapia por exercício.
PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO:
Introdução: Apesar do conhecimento dos problemas imediatos secundários aotratamento do câncer de mama, pouco se sabe sobre como o desempenhofuncional do ombro das sobreviventes se apresenta. Objetivo: Avaliar eclassificar o desempenho funcional do ombro de mulheres mastectomizadasapós terapia por exercício e reavaliar 04 anos após. Métodos: Foi realizado umestudo observacional, de corte longitudinal, prospectivo, a partir da coleta dedados em 162 prontuários com mulheres submetidas à mastectomia querealizaram terapia por exercício. Em seguida, foram recrutadas parareavaliação as pacientes sobreviventes que tinham pelo menos 4 anos doprocedimento cirúrgico. Foram coletadas informações sociodemográficos eclínico-cirúrgicos e informações sobre a amplitude de movimento do ombro(ADM), avaliado pelo flexímetro, e desempenho funcional avaliada pelo SPADI.Posteriormente, para classificação foi realizado a correlação entre oQuestionário SPADI com os descritores e códigos equivalentes da CIF.Resultados: Foram analisadas 58 pacientes, após 10 sessões de terapia porexercício, houve aumento significativo em todos planos de movimento: flexãop<0,001 [IC 95% (-42,70 a -23,64) ]; extensão p<0,001 [IC 95% (-11,21 a –4,23) ]; abdução p<0,001 [IC 95% (-39,47 a -22,35)]; adução p<0,001 [IC 95%(-11,16 a – 4,76)]; rotação lateral p<0,001 [IC 95% (- 14,76 a -3,71)]; rotaçãomedial p<0,001 [IC 95% (-10,16 a -2,66)]. No entanto, após 04 anos, houveredução da ADM do ombro: extensão p=0,99 [IC95% (-0,63 a 10,46) ]; abduçãop=0,61 [IC95%(-6,61 a 20,88) ]; adução p=1,0 [IC95% (-3,30 a 7,30) ], rotaçãolateral p=1 [ IC95% (-6,79 a 11,13) ]. O desempenho funcional do ombro,verificado pelo SPADI, melhorou significativamente ao comparar a 1ª e 10ªsessão p<0,001 [IC95% (10,84 a 23,15) ]. Após 04 anos, houve aumento dapontuação do SPADI, o que retrata uma piora do desempenho funcionalp<0,001 [IC95% (-24,98 a -5,7) ]. Na classificação do desempenho funcionalhouve diferença significativa na comparação entre a 1ª sessão e reavaliação 04anos após, apenas nos itens “dor ao deitar por cima do braço afetado”, “ dor ao
pegar algo em uma prateleira acima da cabeça” e “ dor quando tentou empurraralgo com o braço afetado”, retratando aumento da deficiência completa.Conclusão: Após terapia por exercício há melhora da amplitude de movimentodo ombro e desempenho funcional, no entanto, esses resultados tentem aregredir após 04 anos do procedimento cirúrgico. A classificação dodesempenho funcional ao longo do tempo demonstra aumento da deficiênciacompleta, principalmente, em itens relacionados a dor.