Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAPHAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA ARAÚJO
DATA: 19/12/2019
HORA: 14:30
LOCAL: DEF
TÍTULO: Correlatos do deslocamento ativo e do tempo ativo durante as aulas de educação física em adolescentes brasileiros
PALAVRAS-CHAVES: Aulas de Educação Física, Atividade física Total, Determinantes
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO:
Introdução: A prevalência mundial de adolescentes que alcançam as recomendações de atividade física (AF) varia entre 34% e 46%, sendo que, no Brasil, esses valores estão entre 34% e 39%. Assim, identificar os correlatos da AF, em seus diferentes domínios pode dar suporte a políticas públicas que tenham como objetivo aumentar o tempo ativo entre estudantes brasileiros.
Objetivos: Identificar se as características sociodemográficos, ambientais e comportamentais são correlatos do deslocamento ativo para a escola e do tempo ativo durante as aulas de educação física (EF) em adolescentes brasileiros.
Metodologia: Este é um estudo de base escolar conduzido com os dados provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2015), compreendendo 16388 estudantes. A regressão de Poisson foi utilizada para identificar os correlatos do tempo ativo para a escola, enquanto modelos de regressão linear hierárquica foram utilizados para identificar os correlatos do tempo ativo durante a EF.
Resultados: Capítulo 1: Os estudantes que vivem na região Sul apresentaram maior frequência de deslocamento ativo para a escola, entretanto, esse mesmo grupo obteve menor acúmulo semanal médio em descolamento ativo (min/sem), quando comparados aos seus pares que residem nas outras regiões do país. Além disso, os participantes que “estudam na área rural”, “não se sentem seguros para caminhar/andar de bicicleta para a escola” e que “acumulam menos tempo sentado” são menos propensos a ter um deslocamento ativo para a escola. Por conseguinte, os adolescentes “não brancos”, “aqueles que não possuem veículo motorizado” e “indivíduos com peso normal” têm maior probabilidade de ter um deslocamento ativo para a escola. Capítulo 2: Para ambos os sexos, o tempo ativo durante a EF foi associado à AF geral, sendo que essa significância foi mantida mesmo quando o tempo ativo durante a EF não foi incluído no indicador geral de AF. Observou-se ainda que “ser do sexo masculino”, “ter idade <14 anos”, “estudar em escolas com quadra de esportes” e/ou que disponibilizam o pátio para prática de AF, e “ter boa autopercepção da imagem corporal” foram associados ao maior tempo ativo durante as aulas de EF. Por último, identificou-se que os estudantes da região Nordeste foram menos ativos durante a EF, quando comparados aos estudantes residentes nas outras regiões.
Conclusões: Fatores sociodemográficos e variáveis ambientais estiveram associados ao deslocamento ativo para a escola, reforçando a relevância de intervenções ecológicas para promover o deslocamento ativo nessa faixa etária. Além disso, o “tempo ativo durante a EF escolar” está associado à quantidade total de AF entre os adolescentes, mesmo quando esta variável não foi incluída no indicador total de Atividade Física.