Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALYTA RAYANNA FONTES ROCHA SANTOS
DATA: 23/03/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula PROSS (UFS)
TÍTULO: AS RELAÇÕES DE TRABALHO E DE GÊNERO NA PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO CAPS AD NO MUNICÍPIO DE ARACAJU
PALAVRAS-CHAVES: Política pública. Álcool e outras drogas. Gênero. Saúde.
PÁGINAS: 158
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Serviço Social Aplicado
ESPECIALIDADE: Serviço Social da Saúde
RESUMO:
O estudo tem como objetivo trazer à cena do campo da produção do conhecimento as relações de trabalho e de gênero na percepção dos profissionais que atuam no CAPS AD no Município de Aracaju. A problemática das drogas constitui uma expressão da questão social e como tal, não pode ser estudada desconectada da análise macroestrutural e política. A pesquisa inspirou-se no materialismo histórico dialético, em conexão com a análise da totalidade e da mediação que circulam o objeto, constituídas através de processos sociais. A postura critica visa romper com a análise superficial e de superação da imediaticidade do real, por meio da abordagem metodológica qualitativa com base no estudo de caso. O campo empírico da pesquisa abrange o Centro de Atenção Psicossocial AD integrado à Rede de Atenção em Saúde Mental no município de Aracaju/SE, responsável pelo atendimento a usuários (as) de álcool e outras drogas. A população alvo engloba profissionais de nível superior que compõem a equipe técnica de referência do CAPS. Consultaram-se diferentes fontes: bibliográficas por meio da revisão de literatura; documentos oficiais que norteiam o atendimento aos usuários (as) da instituição, destacando-se os seus pressupostos. O acesso aos respondentes ocorreu por meio da entrevista semiestruturada com 09 (nove) entrevistados (as) três homens e seis mulheres, respeitando-se os aspectos éticos determinados pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Os depoimentos evidenciam que o uso de drogas em geral, se inicia ainda no ambiente familiar, ou porque o genitor ou parente utiliza a droga rotineiramente ou para o lazer, o chamado beber socialmente, e esse uso se estende de forma naturalizada para os outros membros da família. No caso de mulheres, o uso das drogas é frequentemente relacionado a situações traumáticas vivenciadas na infância ou na vida adulta; pela inserção em redes sociais ou grupos de amizade que utilizam drogas condicionando o uso de variadas substâncias e tornando-as vulneráveis. A rede familiar é considerada um aspecto fundamental no processo de reabilitação social dos (as) usuários (as). Adverte-se para a importante de se fortalecer entre os profissionais a sensibilidade e a compreensão da diversidade em relação às demandas de gênero, etnia/raça, idade e orientação sexual, pois as mesmas demandam mudanças no processo de formação e no perfil profissional no trabalho em saúde, impondo novos desafios, de superar os preconceitos e discriminações nos ambientes de trabalho, como também no gerenciamento das políticas.