Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA LIMA DOS SANTOS
DATA: 29/07/2016
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Reuniões do CCET
TÍTULO: APLICAÇÃO DA ESCÓRIA DE COBRE BATIDA COMO SUBSTITUTA DO AGREGADO EM ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO E DE CONTRAPISO AUTONIVELANTE
PALAVRAS-CHAVES: Argamassa, escória de cobre, granalha batida de cobre
PÁGINAS: 104
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Civil
SUBÁREA: Construção Civil
ESPECIALIDADE: Materiais e Componentes de Construção
RESUMO:

A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são temas amplamente discutidos em toda sociedade devido à grande dependência dos recursos naturais para sobrevivência no planeta. A utilização racional das matérias-primas e o reaproveitamento de resíduos, além de sua destinação adequada estão na pauta das grandes preocupações dos setores produtivos. O presente trabalho busca avaliar a viabilidade da aplicação do resíduo da produção do cobre, chamado de escória de cobre, após ter sido utilizada como material abrasivo em serviços de manutenção de tanques e equipamentos, passando a chamar-se de granalha batida. Esse material granular traz consigo impurezas, como resquícios de películas de pinturas desgastadas e ferrugem. Procura-se substituir o agregado miúdo de argamassas de assentamento de elementos de alvenaria pela granalha batida, em duas frações, a fina, que teve maior número de aplicações como abrasivo, e a grossa, com menor número de jateamentos. Foram produzidas quatro misturas de argamassa, para cada tipo de granalha, “fina” e “grossa”, com teores de 25%, 50%, 75% e 100% de substituição, além da argamassa de referência, sem substituição do agregado, para fins de comparação do desempenho das misturas. No estado fresco, a medida da consistência pelo ensaio de espalhamento foi estabelecida no intervalo de 270 ± 20 mm. Observou-se que, para o mesmo intervalo de espalhamento, as misturas com granalha requereram menor teor de água que a mistura de referência. No estado endurecido, ensaios de medida de porosidade mostraram que a absorção de água, pelo método de fervura, não teve significativa diferença de medidas, comparando-as entre si e com a mistura de referência. À medida que houve aumento do teor de substituição do agregado natural, o índice de vazios sofreu incremento. Os ensaios de absorção por capilaridade mostraram que esse fenômeno foi mais intenso para as misturas que tinham maiores teores de granalha batida, com maior intensidade, ainda, para as misturas com granalha batida do tipo “fina”. Os ensaios mecânicos mostraram que, sob compressão axial, as argamassas com substituição do agregado natural por granalha batida fina tiveram reduções de desempenho significativamente maiores, tanto em relação à argamassa de referência, com redução de 86,4% para a mistura com 75% de granalha fina, como em relação às argamassas com mesmos teores de granalha batida grossa. Para a substituição de 25% do agregado natural por granalha batida grossa, praticamente não houve variação dessa propriedade. Os ensaios de módulo de elasticidade mostraram que, para as substituições do agregado natural pela granalha grossa em 25%, 50% e 75%, as variações foram pouco significativas. Para a substituição de 100%, o módulo ficou reduzido em 22,9%, em relação à referência. As misturas com granalha fina tiveram reduções bastante intensas dessa propriedades. Para 25% de substituição, a redução da rigidez foi de 8,9% em relação à referência e, para substituição de 100%, a redução do módulo de elasticidade alcançou 74,5%. Sob tração por compressão diametral, houve melhoria de desempenho de 7,2%, com a substituição do agregado natural por granalha grossa, em 25%. O aumento dos teores de substituição levou à redução progressiva dessa propriedade. Para a substituição por granalha fina, as reduções de rigidez foram significativas, chegando-se à redução de cerca de 90% do valor obtido pela argamassa de referência. Apesar de esses serem os resultados prévios, foi possível concluir que, para pequenas substituições do agregado natural por granalha grossa, há viabilidade de aplicação das argamassas, considerando que, para assentamento de alvenarias, não são exigidos altos índices de resistência e rigidez. A continuidade desse trabalho, envolverá o estudo de viabilidade de uso das granalhas, fina e grossa, na produção de argamassas para contrapiso autonivelante.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 426469 - ANGELA TERESA COSTA SALES
Interno - 2496157 - DEBORA DE GOIS SANTOS
Interno - 2254647 - NILMA FONTES DE ARAUJO ANDRADE
Externo à Instituição - GISELA AZEVEDO MENEZES BRASILEIRO