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Banca de QUALIFICAÇÃO: WANDKLEBSON SILVA DA PAZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WANDKLEBSON SILVA DA PAZ
DATA: 28/08/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa remota
TÍTULO: Mortalidade por Esquistossomose Mansoni no Brasil: Modelagem de Risco Espaço-Temporal e Associação com Indicadores Socioeconômicos
PALAVRAS-CHAVES: Schistosoma mansoni, Mortalidade, Epidemiologia, Fatores socioeconômicos; Distribuição espacial; Série temporal
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
SUBÁREA: Helmintologia de Parasitos
RESUMO:

A esquistossomose é uma doença parasitária de evolução crônica, causada por parasitos do gênero Schistosoma sp. e classificada entre as Doenças Tropicais Negligenciadas. Ela ainda representa um grave problema de saúde pública, com significativas taxas de mortalidade e impacto socioeconômicas no mundo, afetando cerca de 240 milhões de pessoas em 78 países. No Brasil, a esquistossomose mansoni é endêmica em 19 estados, com estimativa de mais de 1.5 milhões de infectados. Destarte, este estudo objetivou avaliar os aspectos epidemiológicos e os padrões espaço-temporais associados à mortalidade por esquistossomose mansoni no Brasil, entre 1999 e 2018. Foi realizado estudo ecológico, de série temporal e análise espacial com dados de mortalidade obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/DATASUS/MS). Foram analisados todos os óbitos ocorridos no Brasil entre os anos de 1999 a 2018, nos quais a esquistossomose foi mencionada como causa básica ou associada de morte. Foram calculados os coeficientes de mortalidade específicos para analisar as tendências temporais por meio de regressão linear segmentada. Foram investigados os fatores associados ao óbito pela esquistossomose, comparando-os com os óbitos gerais. Além disso, foram descritas as causas de morte que frequentemente se associaram com a esquistossomose. Para análise espacial, utilizou-se as análises de autocorrelação espacial por meio do Índice de Moran global e Moran local; e a estatística de varredura espaço-temporal retrospectiva. Por fim, foi feita análise de correlação entre a mortalidade relacionada à esquistossomose e fatores socioeconômicos. Entre 1999 e 2018, ocorreram 14.419 óbitos relacionados à esquistossomose no Brasil, com coeficiente médio de mortalidade do período completo de 0,38/100.000 habitantes. Durante o período de estudo, a mortalidade apresentou tendência de declínio a nível nacional, porém com padrões diferenciados entre as regiões. Observou-se redução da mortalidade em todas as regiões através das causas básicas e múltiplas e padrão de estabilidade por meio das causas associadas. As principais causas associadas à esquistossomose como causa básica foram principalmente as complicações hepáticas, como doenças gerais do aparelho digestivo (13,51%), doenças gerais do fígado (11,28%), choque (8,9%), varizes esofagianas (8,1%) e fibrose e cirroses hepáticas (7,85%). A análise espacial identificou clusters de alto risco para mortalidade relacionada à esquistossomose envolvendo estados da região Nordeste e Sudeste do Brasil. A análise de correlação mostrou que a mortalidade relacionada à esquistossomose possuiu associação significativa com 47/48 indicadores socioeconômicos. Com isso, apesar da redução da mortalidade, a esquistossomose ainda é uma causa negligenciada de morte no Brasil, com diferenças regionais consideráveis. As medidas de controle sustentável da doença devem focar no aumento da cobertura e em medidas de controle intensificadas e personalizadas, para evitar a ocorrência de formas graves de esquistossomose e mortes associadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRÉ DE LIMA AIRES
Presidente - 2046888 - MÁRCIO BEZERRA SANTOS
Interno - 1516901 - ROSELI LA CORTE DOS SANTOS

Notícia cadastrada em: 10/08/2020 14:52
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