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Banca de DEFESA: RANGEL RODRIGUES BOMFIM

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RANGEL RODRIGUES BOMFIM
DATA: 24/07/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Farmácia, UFS - Campus de São Cristóvão.
TÍTULO: Efeitos anti-inflamatório e antinociceptivo do óleo fixo das sementes de Annona muricata L
PALAVRAS-CHAVES: Graviola; Semente; Óleo; Inflamação; Nocicepção.
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO:

A Annona muricata L. (graviola) é muito utilizada na medicina popular para tratar diversas doenças e as propriedades farmacológicas das folhas, fruto ou casca desta planta foram demonstradas. Sabe-se que óleos fixos extraídos de sementes apresentam considerável perfil de ácidos graxos, e, muitos desses ácidos apresentam propriedades biológicas. Não há estudos que investigaram o efeito óleo fixo extraído das sementes de graviola sobre a modulação das respostas inflamatória e nociceptiva, o que é objetivo deste estudo. A caracterização do perfil de ácidos graxos do óleo da semente de graviola (OSG) foi realizada por CG/MS e o ácido oleico (AO) foi o ácido graxo encontrado em maior percentual. Fibroblastos (L929) foram incubados in vitrocom o OSG (10-150 µg/mL), mas não houve alteração da viabilidade dessas células por esta incubação com o óleo. Diante desses achados, o OSG foi testado quanto a sua ação anti-inflamatória tópica e antinociceptiva utilizando camundongos Swiss (25-30 g). Na avaliação da atividade anti-inflamatória tópica, os animais foram tratados com diferentes agentes flogísticos concomitantemente às doses do OSG ou AO (0,3, 1,0 ou 3,0 mg/orelha), veículo ou dexametasona; e foram avaliados parâmetros inflamatórios nos tecidos coletados das orelhas. Os resultados foram avaliados por análise da variância seguida de pós-teste adequado, com valores de p<0,05 considerados significativos. A aplicação tópica do OSG concomitantemente ao 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA) inibiu o edema (37%, 33% e 56%), a atividade de mieloperoxidase (MPO; 41%, 84% e 87%) e a concentração de malondialdeído (MDA; 95%, >100%, >100%), respectivamente para 0,3, 1,0 e 3,0 mg/orelha, bem como inibiu a alteração da concentração de interleucina (IL)-6 (>100% e 96%) e IL-1β (85% e 97%) respectivamente para 1,0 e 3,0 mg/orelha. Na dose de 3 mg/orelha, o OSG preservou o tecido de alterações histológicas induzidas por TPA. A aplicação concomitante de AO ao TPA inibiu o edema (42% e 41%), respectivamente para 1,0 e 3,0 mg/orelha e a concentração de MDA (>100% para 3 mg/orelha), mas não alterou a atividade de MPO. O tratamento tópico prévio com OSG também inibiu o edema (65%) e a atividade de MPO (80%) na inflamação de orelha induzida por fenol, enquanto o AO inibiu apenas o edema (39%). Não houve alteração do edema de orelha induzido por capsaicina tanto para o OSG quanto para o AO. Diante desses achados, e sabendo-se que muitos dos mediadores envolvidos na resposta inflamatória se relacionam com a nocicepção, o OSG foi testado quanto ao seu efeito antinociceptivo. Nessa avaliação, os animais foram previamente (1 h) tradados com OSG (100, 200 ou 400 mg/kg; v.o.), veículo, ou drogas usadas como controles positivos. Foram realizados testes de nocicepção (formalina, placa quente, contorções abdominais e hiperalgesia mecânica) e em alguns deles foi avaliada a participação do sistema opiode, do óxido nítrico e de canais para K+ sensíveis a adenosina trifosfato pelos pré-tratamentos com naloxona, L-arginina e glibenclamida respectivamente. Além disso, o possível efeito do OSG sobre a atividade locomotora foi avaliado no campo aberto. A administração oral do OSG não alterou a atividade exploratória dos camundongos no campo aberto, porém reduziu o tempo de lambida na primeira (45% para 400 mg/kg) e segunda fases (34% e 82% para 200 e 400 mg/kg) do teste da formalina na pata. A administração do OSG aumentou o tempo de latência dos animais após 60 (p< 0,001 para 400 mg/kg) e 90 min (p< 0,01 e p< 0,001 para 200 e 400 mg/kg) no teste da placa quente e este efeito foi revertido pelo pré-tratamento com naloxona. O pré-tratamento com OSG também reduziu o número de contorções abdominais por ácido acético (38% e 67% para 200 e 400 mg/kg), efeito que foi parcialmente revertido pela administração prévia de L-arginina, mas não de glibenclamida. O pré-tratamento com OSG reduziu a hiperalgesia induzida por carragenina apenas 3 horas pós-indução (p<0,001). Estes resultados mostram, pela primeira vez, que o OSG induz efeito anti-inflamatório tópico e antinociceptivo, destacando seu potencial como alternativa para o tratamento de condições inflamatórias e dolorosas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2078215 - CLAUDIO MOREIRA DE LIMA
Presidente - 1698148 - ENILTON APARECIDO CAMARGO
Externo à Instituição - LUCIANA NALONE ANDRADE
Externo ao Programa - 2027473 - MARCELO CAVALCANTE DUARTE
Interno - 2869587 - PATRICIA RODRIGUES MARQUES DE SOUZA

Notícia cadastrada em: 20/07/2018 10:15
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