Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELLE PEREIRA GAUJAC
DATA: 21/06/2013
HORA: 09:00
LOCAL: Secretaria do PROCFIS, Campus Prof. José Aloísio de Campos, UFS
TÍTULO: Influência do hipotireoidismo gestacional experimental na biologia do comportamento ingestivo e perfil metabólico da prole de ratas
PALAVRAS-CHAVES: hipotireoidismo congênito; comportamento de ingestão de líquidos; ingestão alimentar; marcadores bioquímicos; ratos; diferenças sexuais.
PÁGINAS: 1
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO:
INFLUÊNCIA DO HIPOTIREOIDISMO GESTACIONAL EXPERIMENTAL NA BIOLOGIA DO COMPORTAMENTO INGESTIVO E PERFIL METABÓLICO DA PROLE DE RATAS, Danielle Pereira Gaujac, São Cristóvão, 2013.Recentes abordagens experimentais têm imputado valor aos eventos ocorridos durante a vida intrauterina como decisivos no aparecimento de doenças na vida pós-natal. Os hormônios tireoidianos (HTs) exercem ações fisiológicas essenciais na modulação de várias rotas metabólicas. O objetivo do estudo foi investigar as repercussões da carência dos hormônios tireoidianos maternos durante a gestação na evolução ponderal, função metabólica, no comportamento ingestivo e no equilíbrio hidroeletrolítico da prole. O hipotireoidismo gestacional experimental (HGE) foi induzido adicionando metimazol 0,02% na água de beber a partir do dia 9 de gestação até o parto. Foi acompanhada a evolução da massa corporal nas proles de mães hipotireoideanas (PMH) e a prole de mães eutireoideanas (PME). Investigou-se os comportamentos de ingestão de ração, água e NaCl 0,3 M nas proles de machos. Realizou-se o teste de tolerância à insulina (TTI) e o teste de tolerância à glicose (TTG) nas proles de ambos os gêneros, aos 120 dias pós-natal (DPN). Investigou-se o perfil bioquímico e o peso relativo dos órgãos da PMH e PME. Os dados foram submetidos ao teste ANOVA de duas vias e pós-teste de Bonferroni. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que a PMH apresentou massa corporal menor aos 23 e 30 DPN (p<0,0001) e aos 60, 90 e 120 DPN, quando separados por gênero, a massa corporal continuou menor que o grupo controle, nos machos (p<0,0001) e nas fêmeas (p<0,0001). No entanto, apesar de menor massa corporal, não houve diferença significativa para a ingestão de ração entre os machos PMH e PME. As f-PMH demonstraram menor habilidade em reduzir a glicemia no TTI (p=0,0224) sem alteração no TTG (p=0,1313). Quanto ao perfil bioquímico, observou-se glicemia reduzida aos 15 DPN (p=0,006), no entanto, aos 60 DPN, foi elevada nas f-PMH (p = 0,013). O colesterol foi menor aos 15 e 30 DPN (p=0,06), nos m-PMH, foi elevado aos 60 DPN e reduziu aos 120 DPN (p<0,0001), e nas f-PMH, foi menor aos 120 DPN (p=0,035). O HDL foi menor aos 15 e 30 DPN (p=0,04), e continuou menor nas f-PMH aos 60, 90 e 120 DPN (p=0,024). A ureia foi menor aos 15 e 30 DPN, e aos 60 DPN, se apresentou elevada nos machos (p=0,006) e fêmeas PMH (p=0,003). O TGL e VLDL foram maiores aos 15 DPN e reduziu aos 30 DPN (p=0,031), e aos 60 DPN foi elevado nos m-PMH (p<0,0001). O peso do coração foi maior nas f-PMH aos 90 DPN (p=0,03). Aos 120 DPN, o peso da gordura foi menor nos machos (p=0,05) e fêmeas PMH (p=0,009). Em todos os tempos avaliados, o peso dos rins e do fígado foi menor nos machos (p=0,001) e fêmeas PMH (p=0,008). O pulmão foi menor nos m-PMH aos 60 DPN (p=0,005). O HGE não promoveu alterações significativas no comportamento ingestivo da prole, no entanto a massa corporal foi significativamente menor em todas as idades estudadas. Adicionalmente, houve importantes alterações no perfil bioquímico, sugerindo alterações metabólicas na PMH.