Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA FABIANE DA SILVEIRA
DATA: 30/08/2019
HORA: 13:30
LOCAL: Sala de Reuniões do Campus de Laranjeira
TÍTULO: ARQUEOLOGIA DO PORTO DE PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL: (1876- 1940)
PALAVRAS-CHAVES: Porto de Pelotas; Praça Domingos Rodrigues; Embarcações; Arqueologia Portuária; Arqueologia de Ambientes Aquáticos
PÁGINAS: 288
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Arqueologia
SUBÁREA: Arqueologia Histórica
RESUMO:
O propósito com o presente estudo é compreender a constituição do espaço portuário de Pelotas (RS) delimitado e compreendido entre os atuais Clube Náutico Gaúcho e o Clube Natação e Regatas Pelotense e que concerne ao período cronológico de 1876 a 1940 a partir da arqueologia, ou seja, investigando seus bens portuários e atrelados a sua dinâmica. Aventamos a perspectiva de que o porto da década de 1870 começou a se inserir na lógica de um porto modernizado, industrializado, capitalista. Para realizar esse estudo nos fundamentamos na arqueologia extensiva e histórica. Desta forma, nos valemos de distintos suportes de informação de diferentes períodos cronológicos, cita- se: documentos primários, material cartográfico e iconográfico para realizar a investigação e coleta de dados. Além disso, realizamos entrevistas e fizemos uso de dados provenientes de conversas informais para compor nosso quadro de dados e perspectivas interpretativas. Ademais, realizamos uma prospecção arqueológica de superfície, na área sob estudo, que nos proporcinou alcançar novas informações e elementos portuários para pensar a constituição do porto que nos debruçamos. A despeito desses bens, que perduram em nossos dias, abordaremos a praça Domingos Rodrigues, um cais de embarcação do Clube Natação e Regatas Pelotense e o Rebocador Silveira Martins de forma detida. Visando analisar os bens portuários de distintos tempos, selecionamos e empregamos conceitos e perspectivas interpretativas vinculadas à Arqueologia de Portos, à Arqueologia de Ambientes Aquáticos e à Arqueologia do Capitalismo. Aderimos também a preceitos da Arqueologia pós- processual, um deles é um comprometimento com o passado, o presente e o futuro, por isso acabamos abarcando, ainda que não de uma maneira extensa, a respeito de uma discussão dos bens portuários do porto de Pelotas do presente. Os resultado oriundos do estudo nos conduzem a pensar que o porto de Pelotas começou a se modernizar relativamente cedo, no contexto da época, em comparação a outros portos nacionais, e que ele acompanhou, em alguns aspectos, o desenvolvimento de outros portos nacionais e internacionais. Ademais, os resultados nos revelam quais áreas apresentam potencial arqueológico e nos direcionam para a necessidade de uma legislação patrimonialista que abarque e assegure uma proteção legal aos bens portuários também do período industrial e que olhe para as águas e os seus bens flutuantes ou reapropriados.