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Banca de DEFESA: LUIZ AUGUSTO SANTOS COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ AUGUSTO SANTOS COSTA
DATA: 18/11/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: LINCHAMENTO: o que queremos dizer com isso?
PALAVRAS-CHAVES: Linchamentos, violência, imaginário social, inimigo, psicanálise.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

O presente trabalho tem por objetivo debruçar-se sobre o tema do linchamento, caracterizado inicialmente enquanto uma ação de violência coletiva praticada contra um ou mais sujeitos acusados de terem transgredido uma norma social, moral ou política. O fenômeno tem literatura limitada, primeiro por apresentar dificuldades práticas, como encontrar e entrevistar as vítimas dos linchamentos ou linchadores, segundo, por não ter um histórico documental no Brasil posto que a prática não é codificada como crime por lei, o que limita as pesquisas às fontes jornalísticas, nem sempre caracterizadas por sua imparcialidade. Soma-se a isso o fato de a definição teórica ser também marcada pela interpretação de tendência moral dos pesquisadores. Dessa forma, os estudos acerca desse tema estariam marcados pela subjetividade dos seus pesquisadores (sem que isso seja considerado enquanto fator de análise). Tendo em vista tais adversidades, resolvemos nos dedicar a compreender como os acadêmicos que estudam o tema do linchamento estabeleceriam as suas motivações centrais. Paralelamente, decidimos ir além e descobrir como as pessoas que estão lateralmente envolvidas em um linchamento, seja noticiando, assistindo a saúde dos envolvidos ou garantindo a segurança pública, responderiam ao mesmo questionamento. Uma vez que é talvez compreendendo como se articula o discurso desses grupos distintos que poderemos articular quais seriam os fatores que permitem que o linchamento permaneça uma prática viável e atuante em nossa sociedade civilizada. Para tanto, separamos o nosso trabalho em duas partes. Na primeira etapa, seguindo a metodologia de Análise de Conteúdo de Bardin (2010), dividimos, categorizamos e analisamos os principais eixos temáticos do linchamento nos trabalhos científicos brasileiros e estabelecemos quais são as principais articulações para estabelecer as possíveis motivações para o linchamento, o que nos revelou como a compreensão dos motivos do linchamento impactam à própria definição/descrição do fenômeno. Na segunda parte, com o intuito de trazer empiria ao nosso trabalho e para nos ajudar a comparar o senso comum com o conhecimento acadêmico, realizamos entrevistas semiestruturadas com seis pessoas: dois policiais militares, uma psicóloga, um moto taxista, uma assistente social e um jornalista. Selecionados segundo a nossa conveniência, essas pessoas presenciaram situações de linchamentos, durante o trabalho ou na vida privada, atuando diretamente na construção do imaginário social acerca desta prática frente aos seus pares e à opinião pública como no caso do jornalista. Posteriormente às entrevistas, apresentamos as análises realizadas a partir das falas dos entrevistados, estabelecendo semelhanças e diferenças e criando uma articulação, quando pertinente, entre esses discursos e as ideias encontrados na literatura. Por último, analisamos a nossa transferência frente ao tema do linchamento, durante o processo de construção desse trabalho, destacando as dificuldades na escuta e as implicações dos autores com o tema.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2194323 - ANDRÉA DEPIERI DE ALBUQUERQUE REGINATO
Interno - 1542106 - DANIEL MENEZES COELHO
Presidente - 1515787 - EDUARDO LEAL CUNHA

Notícia cadastrada em: 18/11/2020 07:20
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