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Banca de QUALIFICAÇÃO: FABYANNE WILKE COSTA SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABYANNE WILKE COSTA SANTOS
DATA: 27/03/2019
HORA: 10:00
LOCAL: Sala da Secretaria do PPGPSI
TÍTULO: RISO, HUMOR E RACISMO: NARRATIVA DE EXCLUSÃO
PALAVRAS-CHAVES: Humor; Racismo; “piada de preto”
PÁGINAS: 38
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

O presente trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa bibliográfica acerca do tema humor. Foram analisados artigos datados de 1999 até o ano de 2018, com o objetivo de obter a compreensão sobre o tema e entender como o humor está sendo tratado na contemporaneidade. Diante dos dados percebeu-se que foram suscitados os quesitos: o humor como particularidade do social, humorista como classe profissional, a compreensão psicanalítica do fenômeno, fatores emocionais e a incongruência envolvida no ato derrisório. Na maior parte dos artigos, os autores clássicos referenciados foram Bakhtin, Bergson e Freud, os quais serviram e servem, até hoje, como base para a abordagem do tema. Além disso, observou-se que o humor perpassa considerações variadas, ora sublime e transgressor – como meio de transposição de regras ou benéfico aos sujeitos envolvidos no contexto derrisório-; ora agressivo e hostil – como meio de agressão a determinado grupos ou pessoas. Em relação a esses pontos, Minois (2003) afirma que há o riso progressista e o riso conservador, acreditando que o primeiro objetiva mudar normas sociais, enquanto o segundo não tem a intenção de mudança, de reflexão ou progresso. Embora Alberti (2002) acredite que a agressão e a benevolência são concomitantes ao contexto risível. Logo, toda transgressão carregaria uma agressão. As piadas que colocam um grupo minoritário como alvo de pilhéria, quais sejam, negros, gays, mulheres, pobres etc. se mostraram exemplos eloquentes de humor dito conservador e hostil. Optou-se, pela justificativa social e identificação da autora, como campo de investigação para esta pesquisa as piadas que colocam o negro como objeto de escárnio. Esse humor dito conservador e agressivo se revelou como possibilidade de compreensão das narrativas humorísticas que têm o negro como alvo do riso, já que as “piadas de preto” (como assim são referenciadas no universo do humor) foram apontadas por apresentarem um contexto narrativo predominantemente conservador e agressivo, porém jocoso. Tem-se que por um lado, as “piadas de preto” se apresentam predominantemente conservadora, visto que são capazes de manter o negro no lugar que sempre lhe foi concebido: inferior, apontado como vadio, ladrão, preguiçoso, erro da criação, sujo etc. Por outro, mascaram a agressão, pois através da faceta cômica, os entraves acerca das questões étnico-raciais e do racismo no Brasil conseguem se manter sem demais questionamentos. Os referenciais bibliográficos apontaram ainda para os impasses acerca do diálogo sobre as questões étnico-raciais no Brasil e também da questão interpretativa do dito jocoso, que algumas vezes, pode se resumir à: “foi só uma piada” ou “foi só uma brincadeira”. Sendo assim, as “piadas de preto” são narrativas que conseguem ao mesmo tempo subverter, agredir e manter os estereótipos, permitem também mascarar problemas étnicos-raciais. Diante do exposto, questiona-se: Se há transgressão no humor racista, a quem ela se destina? Indaga-se também sobre o limite dessa transgressão. Em concomitância a isso, busca-se: compreender as questões acerca do racismo no Brasil, desvelar as circunstâncias e apontamentos históricos-sociais do cenário brasileiro, além de analisar de que forma o humor serve para a manutenção do preconceito e do estereótipos dos negros no Brasil. Pretende-se mais à frente dar conta de aspectos transferenciais da autora.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1542106 - DANIEL MENEZES COELHO
Interno - 1515787 - EDUARDO LEAL CUNHA
Externo à Instituição - MARIA CÂNDIDA FERREIRA DE ALMEIDA

Notícia cadastrada em: 25/03/2019 09:45
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