Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA CRISTINA SILVA SANTOS
DATA: 16/09/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de Aula do PPGPSI
TÍTULO: Autoinjúria e bullying em adolescentes de Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: autoinjúria, bullying, adolescentes, Sergipe
PÁGINAS: 93
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Sabe-se que contextos negativos ou estressores levam os indivíduos a procurar formas de lidar com eles, muitas vezes desadaptativas, como os comportamentos de autoinjúria por exemplo. Autoinjúria é um comportamento deliberado de autolesionar-se que resulta em danos físicos e psicológicos, cuja maior prevalência se dá na adolescência. A adolescência é considerada a faixa etária na qual a cultura dos pares se faz mais presente e sabe-se que é durante essa fase que a influência dos pares é especialmente forte, o que torna os adolescentes um grupo vulnerável a agir de acordo com a conformidade e aceitação do grupo. Isso aumenta o risco de engajamento em comportamentos ou situações desadaptativas, como a prática e vitimização ao bullying por exemplo, que é um dos contextos estressores típicos dessa fase. Assim, o presente estudo visa investigar se a prática de autoinjúria tem relação com a vitimização ao bullying em adolescentes do Estado de Sergipe. Para isso, buscou-se primeiro agrupar os aspectos teóricos relacionados ao comportamento autolesivo (artigo teórico); bem como mapear a prevalência do bullying em adolescentes de Sergipe e sua relação com aspectos sociodemográficos (estudo 1) e, por fim; investigar a relação entre autoinjúria e ser vítima de bullying, assim como entre autoinjúria e aspectos do perfil sociodemográfico também de adolescentes de Sergipe (estudo 2), este último apresentado com resultados ainda parciais. As análises do estudo 1 classificaram 106 sujeitos (de 555 no total) como vítimas de bullying, e classificou como preditores do bullying as variáveis tipo de escola (pública ou particular), município (capital ou interior) e idade. Já as análises parciais do estudo 2 mostraram que, de 219 participantes, 87 já praticaram autoinjúria e 35 já foram vítimas de bullying, sendo que as variáveis ideação suicida (inexistente, moderada ou elevada/muito elevada), bullying (ser vítima ou não), local (capital ou interior), escolaridade (primeiro, segundo ou terceiro ano do ensino médio), ocupação (sim ou apenas estuda), religiosidade (abaixo ou acima da média) e impulsividade (abaixo ou acima da média) foram classificadas como preditores da autoinjúria. Em conclusão, obter estimativas acuradas da distribuição social de comportamentos que trazem danos físicos ou psicológicos, como a autoinjúria, bem como sua relação com situações contextuais específicas como o bullying, são essenciais para o entendimento do escopo do problema, permitindo assim alocação de serviços e recursos de monitoramento e prevenção.