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Banca de QUALIFICAÇÃO: VALDENICE PORTELA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VALDENICE PORTELA SILVA
DATA: 29/08/2016
HORA: 10:00
LOCAL: Secretaria PPGPS
TÍTULO: A discriminação da mulher negra no setor industrial sergipano
PALAVRAS-CHAVES: Cor, Sexo, Interseccionalidade, Mercado de Trabalho, Discriminação.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO:

Passados mais de 40 anos de conquistas dos direitos civis e da criação de leis antirracistas e antissexistas em continentes como o americano e o europeu, ainda há diferenças no mercado de trabalho entre homens e mulheres e entre brancos e negros. Isso porque surgem novas formas de expressões racistas e sexistas que, em muitos contextos, convivem com as normas anti-preconceito e se adaptam a elas. No caso do Brasil, onde até pouco tempo atrás não havia reconhecimento oficial do racismo e ainda hoje há pouco reconhecimento do sexismo, novas expressões de preconceito grassam desde a abolição da escravatura. Esses “novos” preconceitos, assim como as expressões mais “fora de moda”, têm a marca da discriminação, ou seja, de restringir espaços e acessos a indivíduos e grupos minoritários nas relações de poder. Um contexto privilegiado para estudar a discriminação é o das relações de trabalho. O objetivo desse estudo é investigar a participação de mulheres negras (pretas e pardas) na indústria de transformação sergipana, após a introdução da norma de responsabilidade social empresarial na esfera do trabalho. Para tanto utilizamos os Microdados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referentes aos períodos de 2007/2008 e 2013/2014. A partir da análise estatística descritiva dos dados, notou-se em relação à discriminação de gênero uma tendência a predominância masculina no setor da indústria de transformação sergipana: em 2007, 73,2% dos vínculos formais eram “masculinos” contra 26,8% de emprego para as mulheres. Esses valores não se alteram mesmo com a introdução da norma de responsabilidade social empresarial nos anos subsequentes (2008, 2013 e 2014). Quanto à discriminação racial, notamos um predomínio da presença de trabalhadores pardos (aproximadamente 66% dos vínculos formais) na indústria de transformação sergipana, em todos os períodos estudados. Ao passo que, a categoria de raça/cor preta, tanto masculina como feminina, foi a que apresentou menor representatividade nos quatro anos analisados, com percentuais de 6% para os homens pretos e 1,30% para as mulheres pretas em 2007, 5,4% e 1,3% em 2008, 5,9% e 1,4% em 2013 e 6,5% e 1,8% em 2014. Esses dados indicam que não apenas o sexo feminino é aquele com menor presença no setor industrial, mas é o da cor preta a que possui os menores percentuais de inclusão; sendo, portanto, o pertencimento interseccional mulher-preta a condição de maior discriminação de acesso ao emprego formal no setor pesquisado e, cabe ressaltar, sem mudanças significativas ao longo dos anos. Os resultados obtidos nos permitem concluir que: a) Existe uma predominância de homens no mercado de trabalho em relação às mulheres; b) Existe uma predominância de pardos em relação a brancos e pretos no mercado de trabalho industrial sergipano, que corresponde à própria composição etnográfica do Estado; e c) a norma da responsabilidade social empresarial incide de maneira muito tênue no cenário organizacional pesquisado.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2519141 - ANDRE FARO SANTOS
Presidente - 2222766 - MARCUS EUGENIO OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 2020950 - MARIANA SELISTER GOMES
Externo à Instituição - PATRICIA DA SILVA

Notícia cadastrada em: 08/08/2016 09:42
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