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Banca de DEFESA: PRISCILLA DAISY CARDOSO BATISTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PRISCILLA DAISY CARDOSO BATISTA
DATA: 31/08/2015
HORA: 11:00
LOCAL: Sala de Reunião DPS
TÍTULO: ENTRE GESTAÇÕES/PARTOS HUMANIZADOS E A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: SUBJETIVIDADES EM MOVIMENTO
PALAVRAS-CHAVES: práticas em saúde, gestação e parto, violência obstétrica, subjetividade, gênero.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo a análise de práticas em saúde que sustentam a violência obstétrica como apropriação pelo saber-poder médico-científico dos corpos, dos processos reprodutivos e sexuais das mulheres durante suas gestações e partos. Tal apropriação assume especial configuração nos serviços de saúde, nos quais o discurso do risco incorporado por esse tipo de saber-poder adquire formas marcadamente centradas em fatores biológicos, patologizantes e fragmentários, configurando um modo singular de gestão dos riscos na gestação e parto, que ao invés de ampliação de autonomia, atuam produzindo corpos dóceis, no sentido utilizado pelo filósofo Michel Foucault. Busco ainda tecer relações dos conceitos de risco com práticas discursivas médico-hospitalares que, marcadas pela lógica da máxima produção de lucros no mínimo de tempo possível e embutidas do valor de verdade científica, legitimam-se nas intervenções sobre os corpos-das-mulheres-que-parem e atuam reforçando uma desapropriação das gestações e partos pelas mulheres. Ampliando o lócus da violência obstétrica para além do hospital, identificamos sua presença em algumas práticas de acompanhamento pré-natal, seja no setor público ou privado de saúde. Ressaltamos também conceitos de gênero, corpo, sexualidade e reprodução humana comuns em nossa sociedade que atuam na naturalização e perpetuação da violência obstétrica como violência de gênero contra mulheres que gestam e parem. Problematizamos ainda um certo entendimento de parto humanizado e suas capturas individualizantes, estatizantes ou mercadológicas, que tendem a leva-lo a um terreno no qual o protagonismo das mulheres ocorre de forma restrita. Ao tomar a bandeira da humanização do parto, movimentos sociais e políticas públicas conferem outros sentidos dando visibilidade a outras questões relativas à saúde das mulheres, sendo uma delas o problema da violência obstétrica; esta notoriedade, entretanto, precisa ser transformada em ações específicas a serem implementadas no sentido de não somente identificar e criminalizar quem pratica a violência obstétrica, como também de incorporar trabalhadores, gestores e usuárias dos sistemas de saúde de modo a exercerem seus protagonismos uns com os outros, apontando para relações de vínculo, responsabilização e partilha de decisões sobre os modos de gestar e parir. O percurso desta pesquisa fundou-se na pesquisa-intervenção, como metodologia na qual a relação entre objeto de pesquisa e pesquisador relacionam-se pela implicação, ou seja, pela capacidade de um produzir mudanças no outro. Assim, trago alguns relatos de experiências vividas como mãe, ativista do movimento pela humanização do parto (MPH), mulher, médica sanitarista, docente do curso médico, além de usuária do sistema de saúde; papéis que se misturam, se transformam e dialogam com a prática da pesquisa implicada, desenhando a pesquisa com compromisso social, ético e estético.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JEANE FELIX DA SILVA
Presidente - 992622 - LILIANA DA ESCOSSIA MELO
Interno - 1960727 - LIVIA GODINHO NERY GOMES AZEVEDO
Externo ao Programa - 2465813 - MICHELE DE FREITAS FARIA DE VASCONCELOS

Notícia cadastrada em: 08/08/2015 09:19
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