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Banca de DEFESA: FLORICÉLIA SANTANA TEIXEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLORICÉLIA SANTANA TEIXEIRA
DATA: 05/06/2014
HORA: 10:00
LOCAL: A definir
TÍTULO: O fenômeno da despersonalização e suas relações com a infra-humanização e o preconceito
PALAVRAS-CHAVES: Despersonalização; Infra-humanização; Preconceito; Racismo; Serviços de Saúde.
PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Este trabalho aborda um fenômeno pouco estudado na Psicologia Social, a despersonalização, que refere-se a concepção de que há seres humanos que não despertam interesse ao outro, que são considerados como “não indivíduos”, como não dotados de uma dimensão psicológica particular, tornando-os invisíveis aos olhos do mundo. Este trabalho parte da hipótese de que por meio de tarefas de formação de impressão, com o auxilio do Implicit Association Test (IAT), podemos obter a velocidade da resposta em milésimos de segundo durante a avaliação de um alvo e assim sugerir que quando o respondente associa um conceito a um atributo mais rapidamente, demonstra uma maior facilidade e sentido nesta relação. O processo de formação de impressão torna-se mais detalhado e complexo, quando há mais dispêndio de atenção e tempo em avaliar o alvo, ocorrendo a personalização do alvo. Nesse sentido, o tempo é compreendido como o principal indicador de personalização ou despersonalização. O objetivo do nosso estudo I foi apurar a despersonalização e as suas relações com a infra- humanização, o preconceito implícito, o preconceito explícito por meio de tarefas de formação de impressões com auxílio do programa IAT. Já no segundo estudo nos interessamos pela análise do impacto da discriminação racial no acesso à saúde, investigando o fenômeno da despersonalização como desencadeador dos erros de diagnóstico contra pacientes negros, encaminhados pelo SUS ou por convênios particulares, no atendimento médico. Os resultados do estudo I indicaram que há correlações significativas entre a despersonalização e a infra-humanização, r (49) = .32, p= .024, ou seja, o individuo que é despersonalizado também é infra-humanizado. A despersonalização não manteve correlações com o preconceito implícito, r(49) = .-12, p= .40, nem com o preconceito explicito r(49) = .07, p= .65. Não confirmamos nossas hipóteses principais do estudo II. No entanto, mesmo que estatisticamente não significativo, encontramos valores médios que demonstraram uma análise mais cuidadosa para a avaliação diagnóstica aos pacientes brancos de convênio Particular. Como em relação ao índice de erros de diagnóstico, das quatro patologias descritas pelos pacientes nos vídeos, os respondentes erraram menos para os pacientes brancos, independente de serem usuários do SUS ou possuintes de convênios particulares. Concluímos a presença do preconceito implícito em ambos os estudos, confirmando que estereótipos negativos ainda atuam, mesmo que de maneira inconsciente sobre as atitudes dos indivíduos, e por mais que eles não percebam conscientemente produzem ações de infra-humanização e despersonalizadas contra os negros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2222766 - MARCUS EUGENIO OLIVEIRA LIMA
Interno - 2519141 - ANDRE FARO SANTOS
Externo à Instituição - ELZA MARIA TECHIO

Notícia cadastrada em: 20/05/2014 16:10
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