Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KHALIL DA COSTA SILVA
DATA: 09/12/2013
HORA: 16:00
LOCAL: a definir
TÍTULO: NORMAS SOCIAIS E EXPRESSÕES DO RACISMO EM CRIANÇAS
PALAVRAS-CHAVES: normas sociais, racismo, crianças.
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

O presente trabalho teve como objetivo geral analisar novas formas de expressão do racismo em crianças. Embora seja condenado nas sociedades democráticas, os estudos realizados no âmbito das relações intergrupais sinalizam a manutenção do racismo, ainda que expresso de formas indiretas e sutis em consonância com as normas anti-preconceito vigentes na atualidade. Dentre as teorias dos “novos racismos”, destaca-se a do racismo aversivo. Esta propõe que comportamentos de conotação racial têm sido alvo de censura e que pessoas brancas buscam preservar uma imagem igualitária, recusando-se a expressar discriminação racial de forma flagrante. Contudo, há evidências de que a discriminação persiste a nível implícito. A fim de verificar formas implícitas da expressão do racismo entre crianças, elaboramos um procedimento de verificação de comportamento discriminatório através da distribuição de recompensas, no qual a criança entrevistada era solicitada a distribuir recursos entre duas crianças, representadas por meio de fotografias, sendo uma de cor negra e outra branca. Com o objetivo específico de verificar padrões de discriminação entre as crianças diante de diferentes contextos normativos, foram criadas duas condições para o estudo. Em uma condição, havia a saliência da norma anti-racista, através da presença de uma entrevistadora negra, já na segunda condição, esta norma não era saliente (ausência da entrevistadora). Participaram do estudo 30 crianças, entrevistadas individualmente em escolas da cidade de Aracaju-SE. O grupo é composto por crianças brancas, de ambos os sexos, sendo que a idade dos sujeitos variava dos 6 aos 12 anos. Por meio da realização de análises de variância, observamos que o comportamento discriminatório da criança varia não só em função do contexto normativo, mas também sofre variação ao longo do desenvolvimento cognitivo. As crianças com idade entre os 6 e 7 anos apresentaram distinção significativa entre as duas condições analisadas, havendo maior favoritismo pelo alvo branco na ausência da entrevistadora. O grupo com idades entre 8 e 12 anos apresentou favoritismo pelo alvo em ambas as condições estudadas. Os resultados encontrados são pouco conclusivos e não corroboram as considerações teóricas do racismo aversivo. Não obstante, o estudo se encontra em andamento e, à princípio, foi possível evidenciar discriminação contra o alvo negro. A continuidade da pesquisa deverá elucidar o curso desenvolvimental das atitudes raciais implícitas e explícitas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2227489 - DALILA XAVIER DE FRANCA
Interno - 1625717 - JOILSON PEREIRA DA SILVA
Interno - 2222766 - MARCUS EUGENIO OLIVEIRA LIMA