Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELON SIMÕES OLIVEIRA
DATA: 27/07/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Multiuso do PPEC
TÍTULO: DIVERSIDADE TAXONÔMICA E FUNCIONAL DE AVES NA MATA ATLÂNTICA FRAGMENTADA: PADRÕES E SEUS MECANISMOS
PALAVRAS-CHAVES: comunidades de aves, dispersão funcional, diversidade funcional, fragmentação, Mata Atlântica, riqueza funcional, similaridade limitante.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:
Os efeitos danosos causados pela fragmentação, vem sendo estudados em vários táxons e habitats diferentes, sendo a redução da área o efeito mais imediato. Contudo, outras vertentes da diversidade que não só a taxonômica, como a diversidade funcional, carecem de entendimento de como os aspectos da paisagem fragmentada podem afetá-las. Assim, nesse trabalho se propôs, avaliar os padrões emergentes da diversidade taxonômica e funcional de aves, medidas pela riqueza de espécies (S) e equabilidade de Pielou (J’), assim como pela riqueza funcional (FRic), uniformidade funcional (FEve), divergência funcional (FDiv) e dispersão funcional (FDis), ao longo de três gradientes de paisagem (área, isolamento e forma) em fragmentos de Mata Atlântica no nordeste brasileiro. Como esperado, a área se mostrou influenciar positivamente S e FRic e negativamente J’ e FDis. Embora ambas tenham sido positivas, a relação S-área apresentou valor de inclinação significativamente superior ao da FRic-área, indicando o surgimento de espécies de aves redundantes funcionalmente ao longo do gradiente. Essa mesma redundância é a responsável por FEve não apresentar relação significativa com a área. Foi identificado que a influência do isolamento e da forma sobre a diversidade de aves é um reflexo da área dos fragmentos, por existir correlação espacial entre as métricas de paisagem. Foi identificado, também, que a similaridade limitante aparenta maior influência como regra de assembleia na maioria dos fragmentos estudado e que está ganha força com a redução da área, de modo que os padrões emergentes das métricas de diversidade foram produzidos pela força da competição entre as espécies ao longo do gradiente de área. Com o aumento do desmatamento, as espécies de aves foram submetidas à interações competitivas mais fortes até que aquelas de menor fitness foram excluídas, resultando em maior FDis e J’, assim como, menor S e FRic nos menores fragmentos. Esses resultados demonstram que a redução do habitat não afeta só a riqueza de espécies mais também a diversidade funcional, diminuindo a resiliência das assembleias à eventos estocásticos assim como a gama de funções ecológicas exercidas pelas aves.