Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANA DE JESUS SANTOS
DATA: 08/03/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Online
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES NANOESTRUTURADAS
COMO VEÍCULO PARA N-torsyl indol COM ATIVIDADE LARVICIDA FRENTE AO
Aedes aegypti
PALAVRAS-CHAVES: Sistemas nanoestruturados, controle vetorial, atividade larvicida, Aedes
aegypti, Artemia salina.
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
O Aedes aegypti tem se apresentado como um grande problema para a saúde pública. Estemosquito é responsável pela disseminação de doenças infecciosas que têm provocado epidemiasmundiais. Os nanossistemas estabilizados por surfactantes como microemulsões, precursores defase líquido-cristalina e cristais líquidos, são promissores para veicular substâncias hidrofílicas ehidrofóbicas. Esses nanossistemas possuem reservatórios biocompatíveis solúveis em água paracompostos ativos hidrofóbicos fracamente solúveis. O N-torsyl indol é um potencial candidato àatividade larvicida contra o Aedes aegypti, embora tenha limitações devido à sua baixasolubilidade em água. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi obter e caracterizar osnanossistemas estabilizados por surfactante na presença e ausência do N-torsyl indol, visandoobter um sistema que em contato com fluidos aquosos, se converta numa mesofase líquido-cristalina com alta viscosidade e com potencial aplicação no controle larvicida do Ae. aegypti. Ossistemas foram obtidos através da construção do diagrama de fases composto por PPG-5CETETH-20/óleo de soja e água. Foi realizada a determinação da concentração micelar crítica(CMC) do PPG-5 CETETH-20 e das misturas PPG-5 CETETH:20/Ácido oleico 2:1, PPG-5CETETH-20/Alginato e PPG-5 CETETH-20 /Cloreto de Cálcio. Foram selecionadas trêsamostras e analisadas através das técnicas de microscopia de luz polarizada (MLP), espalhamentode raios X a baixo ângulo (SAXS), análise reológica, espectroscopia na região do infravermelhocom transformada de Fourier (FTIR), avaliação da concentração letal média (CL 50 ) frente a larvasdo Ae. aegypti e ensaio de toxicidade sobre Artemia salina. O PPG-5 CETETH-20 exibiu CMC =0,198 g/l, PPG-5 CETETH-20:AO 2:1 com CMC = 0,060 g/l e o PPG-5 CETETH-20:AlginatoCMC = 0,108 g/l e com cloreto de cálcio obteve CMC = 0,072 g/l, indicando que existe umsinergismo para reduzir a tensão superficial. Foram observadas três regiões distintas no diagrama,que são microemulsão (ME), cristal líquido (CL) e emulsão. Através das micrografias obtidas porMLP, foi possível diferenciar os sistemas isotrópicos como MEs e anisotrópicos como CLslamelares, hexagonais e cúbicas. As medidas de SAXS confirmaram as estruturas visualizadaspor MLP, exibindo picos largos e de baixa intensidade para MEs (S1A e S1B), transição de fase(S2A e S2B) e razão entre os picos de CL lamelar de 1:2:3 (S3A) e razão entre os picos de CLlamelar e hexagonal 1:√3:2:√7 para (S3B). O estudo das propriedades reológicas demonstrou queos sistemas MEs e transição de fase são newtonianos e os CLs são não-newtonianos, e que oaumento da fase aquosa aumenta a elasticidade do CL. As análises de espectroscopiaapresentaram em geral todos os picos característicos da formulação inerte, bem como naformulação com o composto N-torsyl indol, sugerindo que não ocorreram interações químicas.
Para a atividade larvicida, a formulação S2B demonstrou CL 50 de 0,1 ppm, indicando quesistemas precursores de fase líquido-cristalina são uma alternativa viável para o controle larvicidado Aedes aegypti. O ensaio de toxicidade do N-torsyl indol em Artemia salina apresentou baixatoxicidade (<1000 ppm), usada como modelo em organismo não alvo.