Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAVENA MELO RIBEIRO DA SILVA
DATA: 08/12/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Online
TÍTULO: Avaliação Do Uso De Antimicrobianos Através De Indicadores Mensais Em Ambientes Hospitalares
PALAVRAS-CHAVES: Agentes Anti-infecciosos, Programas de Otimização do Uso de Antimicrobianos, Resistência Bacteriana a Fármacos, Indicadores
PÁGINAS: 148
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Introdução: Os antimicrobianos estão entre os medicamentos mais utilizados entre pacientes hospitalizados. No entanto, a literatura aponta que entre 20% a 50% das prescrições antimicrobianas em ambiente hospitalares são desnecessárias ou inadequadas. Objetivo: Avaliar o uso de antimicrobianos através dos indicadores DOT e LOT em dois hospitais públicos no estado de Sergipe, no período de janeiro a dezembro de 2018 e 2019. Metodologia: O Capítulo 1 contempla um estudo conduzido em um hospital universitário, com 94 leitos ativos, através de um amostra de pacientes distribuídos entre a unidade de terapia intensiva, clínica cirúrgica, clínica médica, pneumologia/infectologia e pediatria. O Capítulo 2, desenvolvido em dois hospitais no nordeste do Brasil, compara seus dados obtidos através de uma amostra de pacientes, durante um período de 5 meses. O Capítulo 3 foi conduzido em duas unidades de terapia intensiva adultas, comparando os dados através dos períodos pré e pós intervenção. O Capítulo 4 contempla uma Planilha Eletrônica de Indicadores de “Stewardship”, desenvolvida pela pesquisadora para atender à necessidade de obtenção de indicadores do uso de antimicrobianos de forma rápida e precisa. Resultados: No Capítulo 1 observou-se que 50,4% dos pacientes estiveram expostos ao uso de antimicrobianos, com tempo de exposição de 376 LOT/1000. As cefalosporinas e as quinolonas se destacaram no número de prescrições e duração de terapia. No Capítulo 2, o hospital de ensino e o hospital de emergência o percentual de paciente em uso de antimicrobianos e o tempo de exposição foi de 58,4% (382 LOT/1000) e 88,4% (699 LOT/1000), respectivamente. No hospital de ensino, o número de prescrições e duração da terapia foram maiores para as cefalosporinas de 1º geração, enquanto no hospital de urgência foram para os carbapenemicos. No Capítulo 3, contatou-se que no período pré e pós-intervenção, 91.4% e 90.0%, respectivamente, dos pacientes receberam pelo menos um agente antimicrobiano. Globalmente houve redução significativa na duração da terapia (PRÉ = 727 LOT/1000pd vs PÓS = 680 LOT/1000pd; p = 0.028). As classes antimicrobianas mais frequentemente prescritas foram dos carbapenêmicos seguido pelos glicopeptídeos. O Capítulo 4 ao abrir a planilha, verifica-se na parte superior botões sequenciais referentes aos meses observados - que necessitam da inclusão manual de algumas variáveis, seguidos pela unificação dos dados gerados automaticamente por frequências, doses prescritas, taxas de DOT e LOT e um breve resumo das análises com apresentação de gráficos. Conclusão: O conjunto de resultados obtidos sugere que o percentual de pacientes expostos ao uso de antimicrobianos nos ambientes hospitalares analisados é elevado. A ferramenta apresentada proporcionou a obtenção de taxas, de forma padronizada e geração de indicadores automatizados, uma novidade nesse âmbito, sendo o feedback dos resultados apresentados ao núcleo de segurança do paciente de ambas as instituições.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 949.166.594-49 - ALFREDO DIAS DE OLIVEIRA FILHO
Externo à Instituição - GABRIEL RODRIGUES MARTINS DE FREITAS
Presidente - 1694328 - WELLINGTON BARROS DA SILVA