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Banca de DEFESA: RAMON SOUZA NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAMON SOUZA NASCIMENTO
DATA: 16/12/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Online
TÍTULO: CHÁS NA CULTURA SERGIPANA: ACEITAÇÃO, CONSUMO, USOS TERAPÊUTICOS, CRENÇAS E ATITUDES ENTRE JOVENS UNIVERSITÁRIOS DE ARACAJU
PALAVRAS-CHAVES: medicina popular, chás, consumo, aceitação, uso terapêutico, diarreia.
PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Ciência e Tecnologia de Alimentos
SUBÁREA: Ciência de Alimentos
ESPECIALIDADE: Avaliação e Controle de Qualidade de Alimentos
RESUMO:

A utilização de plantas medicinais é um hábito que advém do conhecimento popular, passa de geração a geração e, quando complementado com pesquisa científica, acaba por auxiliar na identificação de espécies vegetais e/ou agentes ativos importantes para o tratamento de diversas patologias. O presente trabalho teve por objetivo identificar a aceitação, consumo, usos terapêuticos, atitudes e crenças de jovens universitários sergipanos com relação ao uso de chás tanto como uma bebida comum, como para uso terapêutico. Participaram da pesquisa 140 jovens universitários, de duas universidades de Aracaju, uma pública (UFS) e uma privada (UNIT). Utilizou-se um questionário contendo 17 questões abertas e fechadas. As atitudes e crenças dos respondentes com relações a chás foram avaliadas por meio de sete frases às quais os indivíduos deveriam avaliar utilizando uma escala Likert (1= discordo totalmente; 7= concordo totalmente). A aceitação de chás em geral foi avaliada em escala hedônica verbal de 7 pontos, e o consumo em escala verbal de 5 pontos. Os dados foram avaliados por meio de médias, distribuições de frequência e ANOVA, utilizando-se o SAS® versão estudante (2019). Dos 140 voluntários que participaram da pesquisa, 52,5% na Instituição privada e 62,1% na pública declararam gostar entre moderadamente e muito de chá em geral. O chá mais consumido foi o de erva doce (Pimpinella Anisum L.), seguido pelo chá de camomila (Matricária recufita) de boldo (Peumus boldus) e erva cidreira (Melissa officinalis). Dezesseis espécies vegetais foram citadas pelos respondentes como utilizadas para tratamento de alguma enfermidade, e muitas delas possuem de fato reconhecida atividade terapêutica. Esse foi o caso do boldo para distúrbios gástricos, do anis estrelado para gripes e resfriados, da erva cidreira, usada como calmante, da erva doce para diarreia, da hortelão-pimenta para má-digestão e do louro-pimenta para distúrbios gastrointestinais. O conhecimento dos usos terapêuticos de cada erva adveio principalmente dos pais (51,4%), avós (36,4%) e internet (24,3%). Cerca de 65,8% na UFS e 49,2% na UNIT declarou ter sido acometida de 3 a 4 episódios de diarreia nos últimos 12 meses, diferença estatisticamente significativa a p=5%. Expressiva proporção de respondentes declarou ter sido acometida de mais de 10 episódios dessa enfermidade nos últimos 12 meses tanto na UFS (8,9%) como na UNIT (4,9%). Água e alimentos (52,8%) foram a provável causa das diarreias. Para tratar a enfermidade, os respondentes reportaram utilizar principalmente chás de boldo, camomila, cidreira e erva doce; todos com propriedades terapêuticas cientificamente comprovadas para diarreias e problemas gastrointestinais em geral. Alguns participantes declararam ter conhecimento que chás de folha de cajueiro (Anacardaium Occidentale), de pitangueira (Eugenia uniflora L.) e de goiabeira (Psidium guajava L.) podem também ser utilizados; todos com atividade terapêutica cientificamente comprovada contra diarreia. Aproximadamente 66 % dos respondentes da Instituição pública e 57% da privada concordaram totalmente que chás são benéficos à saúde; o que é cientificamente comprovado. Entre 74 e 77% dos respondentes concordaram moderadamente ou em maior grau que chá ajuda a digestão, o que é de fato comprovado por estudos acadêmicos. Da mesma forma, a maioria dos respondentes, entre 70,4 e 73,4 % concordaram que chá é rico em vitaminas e minerais, o que é verdade para os minerais, mas não para as vitaminas, em se considerando a degradação térmica das mesmas no preparo da bebida. A maioria, entre 55,8 e 62,1% também concordou que chá previne envelhecimento, o que que tem suporte na comunidade científica. Finalmente, aproximadamente 59% dos respondentes de ambas as instituições concordaram que chá diminui o colesterol, conceito também confirmado por diversos estudos científicos. De um modo geral, nosso estudo confirmou haver na população estudada, não só o hábito de consumir chá como bebida gastronômica, como também para o tratamento de enfermidades, tendo os conhecimentos sido adquiridos principalmente por meio dos pais e avós. A atitude dos respondentes se mostrou positiva com relação à bebida, atribuindo a ela efeitos positivos sobre a saúde. Esses fatos abrem oportunidades para a indústria de bebidas sergipana explorar em maior grau a introdução de novos produtos à base de chá no mercado do Estado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1786979 - MARIA APARECIDA AZEVEDO PEREIRA DA SILVA
Interno - 1548928 - PATRICIA BELTRAO LESSA CONSTANT
Externo à Instituição - TELMA MELO BRANDÃO

Notícia cadastrada em: 27/11/2021 20:18
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