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Banca de DEFESA: FABIO SILVA SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIO SILVA SOUZA
DATA: 31/08/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: "Felte Bezerra: um odontólogo no contexto da recepção das ciências sociais no Brasil"
PALAVRAS-CHAVES: Pensamento social brasileiro; Modernidade; mestiçagem; miscigenação; Felte Bezerra.
PÁGINAS: 260
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Este trabalho se insere no debate sobre modernidade brasileira a partir do dilema raça/etnia e,toma por empréstimo Felte Bezerra, intelectual sergipano, graduado em odontologia pelaFAMEB, onde aprendeu a praticar a pesquisa empírica e foi influenciado pelo culturalismo doprofessor Artur Ramos. Nos idos de 1930, carente de uma intelligentsia, capaz de esquadrinharo Brasil, as ciências sociais se viram forçadas a admitir pesquisadores oriundos de outrasformações. Bezerra adentrou pela geografia, discutiu limites e ocupações, migrações e etnias,contribuindo para o debate da Nordestinização. Ao lado de Pierson e Bastide, na Bahia, Bezerra,em Sergipe, foi um dos pioneiros as recepcionar as hipóteses étnicas sugeridas por Freyre,acerca de nosso legado cultural e nossa boa convivência inter-racial. Em 1947 ele liderou aSubcomissão de Folclore em Sergipe, apresentando “O Xangô de Zeca”. Afinado com atemática do evento e de seu patrocinador, a UNESCO, interessada em conhecer o bom convíviointer-racial no país, gozou de boa repercussão no evento, chamou a atenção de Willems, que opublicou na Revista Sociologia (1948), sendo reconhecido como primeiro registro de festa deXangô escrito em Sergipe com circulação nacional. Willems percebeu que Etnias atendia a umapelo de Pierson, diante da necessidade de esquadrinhar população e geografia brasileira eaceitou orientar Bezerra. É quando nos indagamos: qual a contribuição de Etnias sergipanaspara o debate do pensamento social brasileiro? Nosso pressuposto é que seu autor maturouhipóteses paripassu com as pesquisas de Pierson e Bastide, mas o isolamento de interlocuçãode Bezerra, desembocou no atrasou da elaboração e publicação do livro, que só foi editadograças à sensibilidade do amigo Garcia Moreno, então presidente do IHGSE. Nossa hipótese éque Etnias seguiu intuições consagradas por Romero, sobre a fábula das três raças e o folcloremétodo investigativo. Ideias transitadas em Freyre, mas que parece ter omitido o nome dojurista sergipano, muito provavelmente, por sua associação com o determinismo racial. O objetoe o método sugerido por Romero permaneceram nas investigações científicas entre 1930 e 40,interessaram pesquisas sobre o bom convívio inter-racial e motivou o interesse da UNESCOem pesquisá-la. Esta tese percorreu uma sociologia do conhecimento sugerida por KarlMannheim e sua preocupação em relacionar pensador, grupos, instituições e contextosideológicos. Recorremos, também, a Pierre Bourdieu e Jean-François Sirinelli como elementoscompreensivos do ambiente familiar, formação e itinerário intelectual, compreendendo aimportância do capital cultural e social, na projeção de Bezerra. Randall Collins forneceusubsídios para uma investigação microssociológica do conhecimento, por meio de uma análisedos ritos cotidianos, percebendo que a legitimação da “verdade” está acoplada a um foro social.Bezerra havia consolidado uma rede de sociabilidades intelectuais e viveu o apogeu de suaprimeira fase biográfica logo após o lançamento de Etnias sergipanas, quando presidiu oIHGSE e ingressou na FAFI. Desde então, assumiu diversas atribuições administrativas quedificultaram a manutenção de seus ritos e sua permanência nessas redes. Prova disso é quedepois de Etnias, Bezerra lançou Investigações histórico-geográficas (1952), uma coletânea detextos publicados na década de 1940 e depois passa por um hiato intelectual só vindo a publicarum livro inédito em 1972. Etnias foi prefaciado por Willems, elogiado por Pierson, Bastide,Cascudo etc. mas sofreu uma crítica advinda do professor Nogueira, que reconheceu asqualidades da pesquisa, mas alertou para a defasagem harmoniosos e culturalista, desatento aosconflitos, perante uma sociedade, que teria intensificado a urbanização e a industrialização. Em1955, a chegada de um grupo oposicionista ao poder e as perseguições pessoais, levou Bezerraa transferir-se para o Rio de Janeiro em 1960, onde começou uma segunda fase biográfica


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALESSANDRA SANTOS NASCIMENTO
Presidente - 3359639 - IVAN FONTES BARBOSA
Externo à Instituição - MARIA LAURA VIVEIROS DE CASTRO CAVALCANTI
Interno - 3316721 - PERICLES MORAIS DE ANDRADE JUNIOR
Interno - 426602 - ROGERIO PROENCA DE SOUSA LEITE

Notícia cadastrada em: 05/08/2022 15:50
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