Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IVALDO OLIVEIRA SANTOS
DATA: 30/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: INFLUENCIADORES DIGITAIS: NOVAS RELAÇÕES DE TRABALHO E DISCIPLINAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO
PALAVRAS-CHAVES: Influenciadores digitais; internet; plataformas digitais; sociedade; trabalho.
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:
Este trabalho visa analisar o desenvolvimento das atividades dos influenciadores digitais, como um reflexo imediato do momento de transformação em que vive nossa sociedade e da forma como pensamos o trabalho, com a evolução do paradigma da sociedade da disciplina para a sociedade do desempenho, que foca no indivíduo, consumo e comercialização do próprio Eu. Desprovidos de uma regulação que acompanhe o desenvolvimento de suas atividades, o objeto empírico desta análise busca compreender como os influenciadores digitais entendem o trabalho que exercem e se estes se organizam coletivamente para construir um marco legal para a proteção de suas atividades. Para coleta de dados, foi feito o uso da observação, análise documental e de vídeos, revisão de literatura sobre o tema, além da entrevista de atores que executam suas atividades nos ciberespaços. Utilizamos também a metodologia desenvolvida por Gabriel Tarde, visando compreender como se realiza o engajamento utilizado pelos Influenciadores Digitais para mobilizar seus seguidores e como esse processo de formação de um público se origina para estabelecer suas bases teóricas, além da análise de conteúdo que nos permitiu uma pesquisa aprofundada acerca das mensagens de comunicação de massa. Buscamos averiguar, portanto, a natureza das atividades exercidas por esses atores para sinalizar os elementos de coalisão entre eles e, assim, identificar subsídios que possam articular suas lutas pela regulamentação e reconhecimento dessa nova modalidade de trabalho. Assim nos deparamos com uma realidade marcada por contradições. O resultado que obtivemos da pesquisa confirma a hipótese levantada, no sentido de que o Direito, como um produto cultural, se mostra realmente ineficaz em acompanhar as novas relações de trabalho que se constroem na conjuntura social. Contudo, para que a legislação avance na proteção desses agentes, se fará necessário não apenas compreender a natureza das atividades exercidas por esses atores, mas também será preciso desconstruir essa identidade criada pelo novo espírito do capitalismo que fortemente se irradia nas redes, fazendo-os enxergar sua profissão como algo totalmente desconectado dos aparatos legais preexistentes.