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Banca de QUALIFICAÇÃO: ROBERTA GUSMÃO ARDITTI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROBERTA GUSMÃO ARDITTI
DATA: 27/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO: PSICOLOGIA TARJA PRETA: MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR
PALAVRAS-CHAVES: Psicologia. Educação. Medicalização. Infância. Genealogia.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Trata-se de uma pesquisa teórica que parte da intenção de problematizar o crescente fenômeno da medicalização, e patologização, da infância no contexto escolar brasileiro; e da necessidade de evidenciar o papel do saber-poder da Psicologia tradicional positivista na manutenção da lógica medicalizante/biologizante de conceber as dificuldades vivenciadas por crianças no processo de escolarização. A medicalização no contexto escolar está articulada com a invenção de doenças do não-aprender, criando um problema na escola que pode ser resolvido pela Medicina e pela Psicologia, resumindo o corpo e as demandas da infância a questões puramente biológicas. A Psicologia Moderna, enquanto disciplina da ciência, é construída a partir da necessidade de ajustar os corpos às demandas de modernização da sociedade. Por isso, para a realização dessa pesquisa focamos em produzir conhecimentos contra-hegemônicos que contextualizam historicamente como os saberes da Psicologia se constituíram/configuraram no território brasileiro, em interface com as demandas da Educação e da Medicina, evidenciando as contingências que possibilitaram a produção e a emergência desses saberes, articulando-os às tramas de poder que circulam no tecido social e que, nesse cruzamento saber-poder, fazem emergir os discursos de verdade da ciência que produzem sujeitos, subjetividades, normas e também produzem crianças massivamente diagnosticadas, patologizadas. A pesquisa é desenvolvida a partir da abordagem teórico-metodológica pós-estruturalista, pois nos direciona à realização de um estudo que rejeita e resiste ao modo de pensar positivista, reducionista e racionalista, que totaliza e naturaliza os fenômenos estudados. Para as pesquisas que partem dessa perspectiva, mais importante que a racionalidade, a neutralidade e a pureza do objeto de estudo, é possibilitar reflexões filosóficas contra-hegemônicas, desenvolvendo uma análise que avalia as complexidades, as muitas nuances históricas e as tramas de poder que produzem as concepções sobre as problemáticas que levantamos. (VEIGA-NETO, 1995). Para construir análises insurgentes, rebeldes, que vão na contramão dos saberes hegemônicos, desenvolvemos o caminho da pesquisa a partir dos estudos foucaultianos e construímos pistas, um esboço, para uma genealogia do saber-poder da Psicologia brasileira. Dessa forma, objetivamos criticar, denunciar, evidenciar, a influência desses saberes no fenômeno da medicalização da infância no contexto escolar; na concepção de infância, de desenvolvimento infantil, na definição do rito normal e patológico do desenvolvimento; assim como evidenciar a influência e entrada desses saberes na instituição escolar, desenvolvendo uma análise sobre a função normatizadora dos corpos e das práticas da Psicologia nesse espaço.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BIANCA BECKER
Presidente - 2276425 - DINAMARA GARCIA FELDENS
Interno - 2465813 - MICHELE DE FREITAS FARIA DE VASCONCELOS

Notícia cadastrada em: 28/06/2022 08:06
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