Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSANA ROCHA SIQUEIRA
DATA: 27/09/2012
HORA: 14:30
LOCAL: PRODEMA
TÍTULO:
Adolescentes e o consumo sustentável: Percepções e estilos de vida
Consumo, adolescente, sustentabilidade.
A Motivação para este estudo surgiu da percepção do discurso ambiental que desloca a problemática da produção industrial de mercadorias para a preocupação com níveis e padrões de consumo, configurando o adolescente como agente de mudanças rumo à sustentabilidade presente e futura. Diante da emergência de repensar hábitos e estilos de vida destacam-se as preocupações com aspectos sociais, econômicos, culturais, ambientais e espaciais. Desta forma, observam-se as diversas problemáticas relativas ao consumo e ao público adolescente, como a falta de reflexão e de diálogo sobre as práticas de consumo e ao público adolescente, como a falta de reflexão e de dialogo sobre as praticas de consumo; as estratégias de persuasão da marketing; a falta de dados sobre os aspectos simbólicos inerentes à prática do consumo como fenômeno social e repercussão dos debates sobre o tema que fixam suas atenções sobre a relação produção-aquisição-descarte, sem levar em consideração fatores perceptivos dos sujeitos. Neste sentido, pergunta-se: sob a perspectiva do consumo sustentável, como se apresenta a percepção dos adolescentes quanto aos seus hábitos de consumo e estilo de vida? A pesquisa está centrada no paradigma interacionista simbólico de base fenomenológica e foi realizada na cidade de Lagarto (SE), em uma instituição de ensino federal, com turmas de ensino médio integral. Neste sentido, considera-se a escola como umas das principais instituições participes do desenvolvimento do adolescente, juntamente à família e aos grupos em que estão inseridos. Com efeito, foi desenvolvida pesquisa exploratória, descritiva qualitativa e quantitativa, cujos meios de investigação com base na percepção, são de natureza bibliográfica, documental e de campo. Nesta perspectiva, pretendeu-se formular instrumentos de pesquisa adequados, a exemplo do questionário, entrevistas semiestruturadas e diário de observação. Após a coleta de dados, optou-se pela análise de conteúdo, segundo Bardin (1977). Assim, diante das reflexões à luz dos referenciais teóricos e resultados obtidos, a pesquisa contribuiu para ampliação da discussão sobre o consumo sustentável, podendo subsidiar novas abordagens e interações sobre o tema na escola, na família e em outras a instituições. Os resultados confirmaram a hipótese na qual a maioria dos adolescentes participantes do estudo tem a percepção que seus hábitos de consumo e estilos de vida influenciam no âmbito socioambiental, embora existam nuances diferenciados entre o plano perceptivo (percebido) e o plano das ações (vivido). O plano perceptivo apresenta-se mais convergente com os propósitos do Consumo sustentável, enquanto, no plano das ações, algumas práticas se encontram em estágios intermediários ou não convergentes. Cabe ressaltar que, de forma geral, os adolescentes possuem grande potencial de construírem uma sociedade mais sustentável, se puderem, é claro, refletir sobre o que de fato constitui-se “ necessidade” e tiverem apoio conjunto das esferas pública e privada em projetos e ações realmente preocupadas com a sustentabilidade.