Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JORGE YONUMA HOTEL BONGA
DATA: 29/11/2016
HORA: 09:00
LOCAL: PRODEMA
TÍTULO: TECNOLOGIAS PARA MITIGAÇÃO DOS EFEITOS DA SECA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CACULUVAR EM ANGOLA
PALAVRAS-CHAVES: Semiárido; recursos hídricos, convivência.
PÁGINAS: 147
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:
As regiões áridas e semiáridas de Angola situadas nas províncias de Cunene Namibe e Huila apresentam relatos de ocorrência de chuvas diminutas desde o ano de 2008 para cá, o que tem causado algumas consequências como fome, sede tal como os documentos da Organização das Nações Unidas, ONU e o Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF têm evidenciado. A presente pesquisa teve como objetivo: Analisar a potencialidade e vulnerabilidade socioambiental e hidrológica da bacia do rio Caculuvar no município de Gambos em Angola, na África bem como, buscar no semiárido brasileiro tecnologias de convivência com o semiárido que possam se ajustar às condições da bacia em estudo. Para a realização do referido estudo, foram explorados dados secundários por meio da consulta de registros e documentos e revisão da literatura; e obtidos dados primários através da observação sistemática tanto na bacia hidrográfica em estudo quanto no semiárido brasileiro, isto é no estado de Sergipe; entrevistas semiestruturadas com 345 chefes de família, 9 lideres tradicionais, 1 religioso e dois políticos locais e diálogos com técnicos da ONG ASA e produtores do semiárido sergipano. Os resultados permitiram aferir que existe uma gradual vulnerabilidade socioambiental resultante das consecutivas secas que afetam a bacia hidrográfica do rio Caculuvar, acentuada com o maior índice de analfabetismo que esgota de certa maneira os esforços e metodologias utilizadas localmente para a convivência com a adversidade ainda que se reconheçam varias potencialidades latentes. Isso mostrou que embora se evidenciem limitações hídricas na bacia, o problema não se consubstancia na baixa quantidade de chuvas, mas sim na falta de informações, meios, recursos e politicas publicas apropriadas para ajudar as populações na captação, armazenamento e utilização racional da água nos meses mais críticos. As tecnologias de convivência com o semiárido, identificadas no semiárido brasileiro, que se revelaram adequáveis as condições da bacia são: cisterna calçadão e enxurrada, tanque de perda, barragem subterrânea, ensilagem e palma forrageira.