Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA JOSÉ DE SÁ OLIVEIRA
DATA: 14/04/2016
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Prodema
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM AGROECOSSISTEMAS DE MILHO TRANSGÊNICO E NÃO TRANSGÊNICO EM SIMÃO DIAS SE
PALAVRAS-CHAVES: Monocultura, produtividade, Zea mays, método IDEA, indicadores de sustentabilidade.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:
Na última década o Brasil tem apresentado altos níveis de produtividade, tornando o país o segundo maior produtor de milho do mundo. A introdução do milho transgênico no campo, impulsionado a partir da sua liberação em 2007 pela CTNBIO tem sido utilizada como forma de justificar o aumento de produtividade. A partir da década de 70 com a intensa exploração dos recursos naturais principalmente pela agricultura, surge a preocupação com uma agricultura sustentável baseada na preservação do solo, dos recursos hídricos, da vida silvestre, dos ecossistemas naturais além da segurança alimentar. Nesse contexto a indústria dos transgênicos apresenta o uso da semente transgênica como mais sustentável se comparada à semente não transgênica. De acordo com Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA) o uso das sementes transgênicas contribui com a segurança alimentar, racionaliza o uso de insumos agrícolas, evita a expansão da fronteira agrícola reduzindo o desmatamento, protege a biodiversidade e reduz a emissão de dióxido de carbono. Diante do exposto o objetivo da pesquisa pautou-se na análise dos níveis de sustentabilidade entre agroecossistemas transgênicos e não transgênico no município de Simão Dias-Se. A metodologia está pautada em referências bibliográficas, pesquisa de campo e entrevistas semi-estruturadas e na seleção de indicadores com base no método Indicateurs de Durabilité de Exploitations Agricoles – IDEA. Como resultado os dois agroecossistemas analisados apresentaram níveis de sustentabilidade socioterritorial semelhante, ambos possuem acesso a serviços básicos o que favorece a permanência do agricultor no campo; já o eixo agroambiental apresentou níveis insatisfatórios no tocante à diversidade de culturas, diversidade biológica e o uso intensivo de insumos agrícolas nos dois agroecossistemas; porém o eixo econômico apresentou melhores níveis no agroecossistema transgênico devido maior produtividade. Constatou-se a partir da análise dos dados dos dois agroecossistemas analisados que o uso da semente transgênica não proporcionou maiores níveis de sustentabilidade, pois, houve no município um aumento expressivo da fronteira agrícola voltada para a monocultura do milho o que contribuiu para a simplificação dos ecossistemas e redução da biodiversidade, além da monocultura comprometer o papel social da agricultura familiar. Portanto a monocultura do milho transgênico em Simão Dias-Se apesar de contribuir com o crescimento econômico do município não proporciona melhores níveis de sustentabilidade em suas explorações.