Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELLA CRISTINA CHAGAS CORREA
DATA: 19/03/2013
HORA: 09:00
LOCAL: PRODEMA
TÍTULO:
Natureza e Sagrado na Memória da Festa de Bom Jesus dos Navegantes.
Festa, Relação Homem-natureza, Bom Jesus dos Navegantes.
As visões de natureza estabelecem distintas relações entre homem e o mundo natural. Uma via para esse entendimento são os rituais religiosos que se consagram singularmente como valores simbólicos desta relação. Ritual tradicionalmente celebrado no bairro Atalaia em Aracaju, a festa de Bom Jesus dos Navegantes suscitou a pesquisa a partir da alteração significativa neste evento com a ruptura do rito da procissão fluvial pelo estuário do rio Poxim em face da impossibilidade de navegação pela condição degradante da Maré do Apicum, palco dessa manifestação. A procissão deslocou-se para via terrestre. O estudo teve como objetivo geral analisar as relações homem-natureza atribuídas por moradores do bairro Atalaia à festa do santo padroeiro Bom Jesus dos Navegantes e suas alterações desde suas primeiras experiências até os dias atuais. Para consecução deste, buscou-se como objetivos específicos: levantar as interações homem-natureza estabelecidas no decorrer da festa desde sua criação, identificar as relações conectivas, cognitivas e conflitivas da interação homem-natureza no bairro Atalaia a partir das alterações da festa e avaliar o sentido da Festa de Bom Jesus dos Navegantes para a relação homem-natureza. A pesquisa classificada como qualitativa adotou a história oral como metodologia e instrumentais de coleta de dados quais sejam a observação livre, diário de campo, entrevistas semiestruturadas, levantamento e registro de fotografias. A memória e o sagrado foram as categorias analíticas da pesquisa por meio das quais se desnudou as relações com o meio natural pela origem da festa. Os relatos manifestaram que a permanência da procissão terrestre deu-se pela tradição, lastro pelo qual a festa se realizou por longa data. Contudo, a procissão se revela o marco da história da Atalaia, forma pela qual o homem religioso/memorioso é representado na festa.