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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCELLE VIEIRA FREIRE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELLE VIEIRA FREIRE
DATA: 07/08/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU sala 27
TÍTULO: HIPERTENSÃO OCULAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA – UMA COORTE DE 5 ANOS
PALAVRAS-CHAVES: Glaucoma. Hipertensão Ocular. Leucemia Linfoide Aguda. Corticosteroides.
PÁGINAS: 29
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é a neoplasia mais frequente em menores de 19 anos de idade. Com os avanços no tratamento, a taxa de mortalidade caiu acentuadamente, e parte desse sucesso se deve ao uso de altas doses de glicocorticoide (GC) no tratamento, imprescindível para controle e cura da doença. Seu uso, no entanto, não é isento de efeitos colaterais e um dos mais importantes é a hipertensão ocular (HO), manifestação ocular mais frequente nessa população. Ela pode evoluir para o glaucoma cortisônico, com dano permanente ao nervo óptico e para cegueira. Com o aumento da sobrevida dessa população, hoje se preocupa cada vez mais com a qualidade de vida desses pacientes, com alta perspectiva de cura. Esse trabalho visa então caracterizar o perfil da pressão intraocular (PIO) em pacientes com LLA em uso de GC, sua evolução temporal, fatores de risco e prognósticos. Para tal, foi realizado um estudo de coorte prospectiva entre janeiro de 2013 e dezembro de 2017 com pacientes recém diagnosticados com LLA. Os pacientes foram submetidos a exame oftalmológico antes do início do tratamento (D0), após oito dias (D8), com 28 dias (D28) e após seis meses (D6m). Dos 60 pacientes incluídos, 11 (18,3%) apresentaram HO e 16 (30,2%) apresentaram sensibilidade aumentada ao GC (aumento de pelo menos 6 mmHg na PIO); destes, 56,2% evoluíram com HO propriamente dia. Os aumentos foram significativamente maiores no D8 (p<0,001), porém também foram observados casos de HO no D28. Todas as pressões normalizaram após cessação do GC no D6m, e nenhum paciente apresentou-se sintomático. Sexo, faixa etária, imunofenotipagem e infiltração do liquido cefalorraquidiano (LCR) não atuaram como fator de risco para HO e não foi possível predizer mortalidade e infiltração do LCR a partir dos valores da PIO, ainda que pareça haver alguma relação entre a PIO do D8 e a infiltração do LCR. A alta taxa de HO apontada no estudo não só reforça a importância de um acompanhamento oftalmológico regular, como direciona o período em que esses pacientes estão mais susceptíveis à HO. Sugerimos, então, um acompanhamento oftalmológico desses pacientes em três momentos: antes do início do uso do GC, no D8 e no D28. A LLA é uma doença com potencial elevado de cura e que compromete principalmente indivíduos jovens, com elevada expectativa de vida. As altas doses de GC usadas no tratamento são um perigo silencioso, pois possuem alta associação com a HO, com curso quase sempre assintomático, que em última análise pode resultar em perda irreversível da visão, sentido esse fundamental na qualidade de vida de qualquer indivíduo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNO CAMPELO LEAL
Externo à Instituição - CRISTIANO DE QUEIROZ MENDONÇA
Externo à Instituição - FABRICIO DIAS ANTUNES

Notícia cadastrada em: 24/07/2019 13:57
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