Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALÉCIA JOSEFA ALVES OLIVEIRA SANTOS
DATA: 07/06/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU
TÍTULO: Conexões enteroendócrinas na deficiência isolada de GH devido a uma mutação no gene do receptor do GHRH.
PALAVRAS-CHAVES: GH. Grelina. GLP-1. Ingestão alimentar
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:
INTRODUÇÃO: O GH e IGF-I são cruciais para o estabelecimento do tamanho corpóreo e regulação da ingestão de alimentos, armazenamento de nutrientes e sensibilidade à insulina. Existem conexões enteroendócrinas entre o eixo GH/IGF-I, insulina, grelina e o peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1). A ação dessas conexões na deficiência de GH (DGH) é desconhecida.OBJETIVO: Estudar as conexões enteroendócrinas antes e depois de um teste com refeição padrão em uma população homogênea de adultos com deficiência isolada de GH (DIGH), congênita e não tratada, devido a uma mutação no gene do receptor do GHRH.CASUÍSTICA E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal com 20 indivíduos com DIGH e 20 controles. Foram aferidas as concentrações de glicose, insulina, grelina e GLP-1 antes e em 30, 60, 120 e 180 min após a ingestão de uma refeição teste padronizada. Foram calculados HOMA-IR e HOMA-β. Os participantes pontuaram, em escala analógica visual, os sentimentos de fome, plenitude e consumo alimentar prospectivo. As principais medidas foram encontradas para: áreas sob as curvas (AUC) de glicose, insulina, grelina, GLP-1, fome, plenitude e consumo alimentar prospectivo.RESULTADOS: HOMA-IR e HOMA-β foram menores na DIGH que nos controles (p=0,002 e p=0,023, respectivamente). As AUC foram maiores para a fome (p<0,0001), glicose (p=0,0157), grelina (p<0,0001) e GLP-1 (p<0,0001) e menores para plenitude (p<0,0001) na DIGH em comparação aos controles. Não houve diferença na AUC para consumo alimentar prospectivo e concentrações de insulina.CONCLUSÕES: A DIGH não tratada está associada ao aumento da secreção de GLP-1 e menor redução da grelina e da fome pós-prandial em resposta a uma refeição mista. Essas conexões enteroendócrinas podem resultar em um resultado favorável em termos de adaptação ambiental, garantindo a ingestão adequada de alimentos e podem conferir benefícios metabólicos.