Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ VALMIR DE ANDRADE NETO
DATA: 30/01/2018
HORA: 08:00
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU
TÍTULO: A influência da cafeína no teste vestibular vectoeletronistagmografia computadorizada.
PALAVRAS-CHAVES: cafeína; doenças vestibulares; testes de função vestibular.
PÁGINAS: 44
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fonoaudiologia
RESUMO:
A cafeína é a droga psicoativa mais consumida no mundo e está contida, em diferentes concentrações, em diversos alimentos consumidos no dia a dia. Após ingestão oral, a molécula é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal, atingindo pico de concentração plasmática entre 15 e 120 minutos. Há forte propensão quanto a um envolvimento importante do seu consumo com as doenças do sistema vestibular. As orientações sobre a suspensão da ingestão do café para a realização do teste vestibular variam de serviço para serviço. Alguns autores recomendam que o paciente suspenda o consumo de café por 72 horas antes do exame. Outros indicam a suspensão por 48 horas ou por 24 horas. Há aqueles que orientam evitar o consumo de café no dia do exame e aqueles que não fazem qualquer restrição à ingestão. Por outro lado, a suspensão súbita da ingestão de cafeína pode levar à abstinência e a sintomas como fadiga, náuseas, vômitos, diminuição da concentração e cefaleia. A vectoeletronistagmografia computadorizada (VENG) permite uma avaliação aprofundada e precisa do sistema vestibular, que é responsável pelo equilíbrio corporal, uma vez que proporciona uma medida objetiva da função vestibular. Neste contexto, objetivou-se investigar o efeito da cafeína no sistema vestibular utilizando o VENG, em dois momentos distintos, antes e após a ingestão na forma de cápsulas e em concentrações moderadas, atividade esta que foi feita no Setor de Saúde Auditiva do Hospital São José situado na cidade de Aracaju-Sergipe. Ao final do procedimento, foi avaliada, por meio de análises estatísticas, se houve ocorrência de alterações significativas no exame realizado na cessação e após ingestão da cafeína. A amostra foi composta por 52 mulheres e 18 homens, os quais referiram consumo habitual de cafeína. Cefaleia, fadiga, ansiedade e redução da concentração foram relatadas pelos voluntários quando foi realizado o teste vestibular na interrupção da cafeína, o que refletiu na alteração da média da EVA, de 3,14 (moderada) para 1,44 (leve), após a ingestão de cafeína. Não houve diferença entre o grupo que apresentou e o que não apresentou queixa de tontura quando foram avaliado os valores relativos da prova calórica, EVA e Sintomas antes e após o uso de cafeína, assim como a variável hábitos. Em ambos os momentos do estudo, verificou-se que não houve diferença entre os achados do teste vestibular VENG. O presente estudo revelou que doses moderadas de cafeína não afetam clinicamente ou estatisticamente os resultados do teste vestibular VENG.