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Banca de QUALIFICAÇÃO: VICTOR SANTANA SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VICTOR SANTANA SANTOS
DATA: 06/12/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU
TÍTULO: Diarreia aguda em crianças após a introdução da vacina contra Rotavírus.
PALAVRAS-CHAVES: Crianças; Diarreia aguda; Rotavírus; Norovírus; Vacina contra Rotavírus; Efetividade.
PÁGINAS: 153
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

Introdução: Diarreia aguda é uma importante causa de morbimortalidade em crianças em todo o mundo, e o Rotavírus (RV) tem sido o patógeno mais frequentemente associado a estas situações. Em 2006, duas vacinas contra RV - uma monovalente (Rotarix) e outra pentavalente (Rotateq) - foram licenciadas; e desde aquele ano, diversos países, inclusive o Brasil, têm introduzido uma das vacinas em seus Programas de Imunização. Os organismos internacionais recomendam a monitoração após comercialização (post-marketing surveillance) como forma de avaliar o impacto na população bem como identificar quaisquer modificações no padrão de ocorrência da doença, ou efetividade da vacina. Além disso, estudos mais recentes têm mostrado o Norovírus (NV) como o principal agente causador de diarreia, principalmente nos locais onde existe imunização contra Rotavírus. Objetivos: a) descrever a efetividade da vacina contra RV e a frequência de genótipos circulantes na América Latina; b) descrever a proporção dos genótipos circulantes de RV no Brasil antes e após a introdução da vacina contra RV; c) verificar a proporção de diarreia aguda devido ao RV e NV em crianças em Sergipe; d) descrever o perfil genotípico das cepas circulantes de RV e NV em Sergipe; e) verificar a gravidade dos casos de diarreia aguda em relação ao agente etiológico e ao estado vacinal das crianças. Método: Este estudo compreende dois modelos de estudo complementares: a) revisão sistemática com meta-análise de estudos publicados para identificar a prevalência de RV, os genótipos circulantes e a efetividade das vacinas contra RV na América Latina; Adicionalmente, uma revisão sistemática de estudos conduzidos no Brasil foi conduzida para verificar as mudanças de genótipos entre os períodos pré e pós introdução da vacina; e b) estudo transversal referente a crianças com diarreia aguda atendidas nas duas principais urgências pediátricas de Sergipe, entre outubro de 2006 e dezembro de 2012, para identificar a proporção dos casos por RV e NV, bem como os seus genótipos circulantes. Para tanto, dados clínicos e amostras de fezes foram coletadas e processadas para identificação destes patógenos, assim como dos seus genótipos. Resultados: A meta-análise de estudos conduzidos na América Latina entre 1990 e 2014 mostrou que a proporção de diarreia aguda devido ao RV passou de 32% antes da vacina para 16,1% pós-vacina. G2 foi o genótipo G mais prevalente (51,6%; 95%CI 37,8-65,3), seguido pelo G9 (14,5%; 95%CI 7,4-2,3) e G1 (14,2%; 95%CI 6,9-23,3). Entre os genótipos P, P[4] (54,1%; 95%CI 41,3-66,5) e P[8] (33,2%; 95%CI 21,9-45,5) foram os mais comuns. G2P[4] foi o genótipo mais frequentemente reportado. No geral, ambas as vacinas (Rotarix e Rotateq) apresentaram semelhante efetividade. A efetividade da vacina contra hospitalizações por RV em crianças <5 anos foi 73% (95%CI; 66,0-78,0) e contra diarreia grave foi 74% (95%CI; 68,0-78,0). A revisão sistemática com estudos no Brasil mostrou que o perfil de genótipos de RV mudou no Brasil entre os períodos pré e pós vacinação. Houve aumento incomum de cepas totalmente heterotípicas sugerindo que a vacina monovalente pode ter favorecido a seleção deste tipo de cepas em uma população altamente vacinada e que apesar da redução do genótipo G2P[4] nas últimas décadas, este ainda é o mais frequentemente reportado no Brasil. O estudo transversal realizado em Sergipe entre 2006 e 2012, mostrou que a proporção de RV foi 12,5% (231/1841), sendo menos frequente no período janeiro-junho comparado com julho-dezembro (9,4% versus 20,9%; p<0,01). Crianças não-vacinadas apresentaram maior probabilidade de terem RV do que crianças vacinadas. O genótipo mais frequente entre 2006 e 2010 foi G2P[4]; exceto em 2009, quando a maioria dos casos foram G1P[8]. Poucos G2P[4] foram detectados a partir de 2011, sendo que 50% dos casos em 2012 foram G8P[4]. No mesmo período (2006-2012), 1.432 amostras de fezes foram analisadas quanto à presença de Norovírus, sendo que 280 (19,6%) foram positivas. A proporção de crianças NV-positivo aumentou durante o período de estudo, sem qualquer padrão sazonal, mas foi significativamente mais frequente entre as crianças vacinadas contra RV, assim como nas crianças mais jovens. Do total de 280 amostras de NV-positivo, 188 (67,1%) foram sequenciadas. Destas, 176 foram classificadas como genogrupo II e 12 genogrupo I. O genótipo principal foi GII.4 (149/188, 79,3%), seguido por GII.2 (6, 3,2%) e GII.6 (5, 2,6%). A variante GII.4 New_Orleans_2009 predominou no período de junho de 2011 a maio de 2012, mas foi substituída pela variante GII.4 Sydney_2012 entre maio e agosto de 2012. Conclusões: As vacinas contra RV são efetivas na prevenção de diarreia aguda. Apesar da diminuição da proporção dos casos por RV, este vírus ainda continua uma importante causa de diarreia aguda, com as cepas G2P[4] e G8P[4] as mais frequentes. O aumento incomum da circulação de cepas heterotípicas sugere que a vacinação em larga escala pode favorecer a seleção deste tipo de cepa. Em Sergipe, houve redução dos casos de diarreia aguda por RV e o NV emergiu como o principal agente etiológico em crianças, com predomínio do genótipo GII.4 em todo o período do estudo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1897681 - LUCIANE MORENO STORTI DE MELO
Interno - 3545451 - PAULO RICARDO SAQUETE MARTINS FILHO
Interno - 1496951 - SILVIA DE MAGALHAES SIMOES

Notícia cadastrada em: 18/11/2016 09:56
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