Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GENILDE GOMES DE OLIVEIRA
DATA: 20/06/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU Sala 26
TÍTULO: Análise Espacial da Esquistossomose em Área Ocupada Por Trabalhadores Rurais Sem Terra.
PALAVRAS-CHAVES: esquistossomose mansônica; epidemiologia; análise espacial.
PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A Esquistossomose mansônica é uma doença causada por trematódeo digenético Schistosoma mansoni. É endêmica em 78 países tropicais e subtropicais. No Brasil acomete os estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Paraíba e Minas Gerais. Conhecida por ser uma doença negligenciada que acomete populações carentes, é considerada um grave problema de saúde pública, de difícil controle devido às precárias condições de vida da população. Do ponto de vista epidemiológico, o MST (Movimento dos Sem Terra), organizado por trabalhadores rurais que migram para terras, consideradas por eles como improdutivas, e se instalam sob condições precárias de higiene, sem locais adequados para dejetos e água potável, estes utilizam a água do rio para consumo, higiene e lazer, favorecendo o ciclo evolutivo da doença. Diante desta problemática o estudo objetivou descrever e analisar o padrão espacial da ocorrência dos casos de esquistossomose em famílias de Sem Terra da região sul de Sergipe investigadas e tratadas desde o ano de 2010 com segmento em 2015. Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo realizado em 2010 e 2015, quando foram investigados 13 assentamentos. No ano de 2010, 601 indivíduos foram incluídos na pesquisa pois fizeram a entrega do exame parasitológico de fezes, em 2015, 1139 entregaram as fezes para análise sendo incluídos na pesquisa. Em 2015 realizou-se a análise espacial da distribuição da infecção nos assentamentos através do programa TerraView utilizando o estimador de intensidade Kernel. Na análise dos dados foram utilizados os programas Excel 2007, GPS TrackMaker Pro, TerraView 4.1.0. Em 2010, obteve-se uma proporção de parasitológicos positivos para S. mansoni de 4,3% IC 95% (2,7% a 5,7%). Em 2015 2,6% estavam infectados IC 95%(1,7% a 3,6%). Tanto no ano de 2010 quanto em 2015, foi demonstrada a ocorrência de nove espécies de helmintos e quatro espécies de protozoários. Os resultados da análise espacial apontam a existência de onze áreas de principais riscos situada na região sul de Sergipe. Na comparação temporal dos dados, observou-se redução da prevalência da infecção pelo S. mansoni na comunidade em estudo com piora no quadro clínico, pois em 2010 só foi encontrada a forma intestinal e em 2015 detectou-se a hepato- esplênica.. Os resultados da pesquisa possibilitam oferecer, aos serviços municipais de saúde, um instrumento que facilite a compreensão da ocorrência e distribuição espacial da Esquistossomose.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 426722 - ANGELA MARIA DA SILVA
Externo ao Programa - 3183832 - ANTONIO ALVES JUNIOR
Externo à Instituição - IZA MARIA FRAGA LOBO
Interno - 1695058 - MARCO ANTONIO PRADO NUNES