Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BARBARA RAFAELA SANTOS DA ROCHA
DATA: 26/02/2016
HORA: 14:30
LOCAL: sala 26 Centro de Pesquisas Biomédicas HU
TÍTULO: EFEITO DO PROGRAMA ALIMENTAR BRASILEIRO CARDIOPROTETOR SOBRE OS COMPONENTES DO RISCO CARDIOMETABÓLICO
PALAVRAS-CHAVES: dieta, nutricionista, doenças cardiovasculares, risco cardiometabólico.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:
Estilo de vida e dieta parecem ser os principais determinantes da manifestação de fatores de risco cardiometabólico para as doenças cardiovasculares e diabetes. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do Programa Alimentar Brasileiro Cardioprotetor sobre o consumo alimentar e os componentes do risco cardiometabólico: obesidade abdominal, hiperglicemia, hipertensão arterial sistêmica, hipertrigliceridemia e redução da lipoproteína de alta densidade sérica.Realizou-se um ensaio clínico randomizado de intervenção dietética, baseada na redução da densidade de nutrientes que predispõem às doenças cardiovasculares: calorias, gorduras saturadas, colesterol e sódio. Os grupos controle e intervenção eram homogêneos, na admissão, em relação às características sociodemográficas, clínicas, antropométricas e bioquímicas (Teste de Mann-Whitney-W, p>0,05). No grupo intervenção (basal, n=27; 12meses, n=22), com acompanhamento de nutricionista, foram reduzidos o consumo de gordura total, p=0,01 e sódio, p=0,002 (Teste de Mann-Whitney-W), evoluiu reduzindo durante o seguimento as calorias totais, gordura total, saturada, ácido graxostrans, e sódio (Teste de Wilcoxon-U). O grupo controle (basal, n=31; 12meses, n=24) com orientações gerais, de enfermeiro e farmacêutico não apresentou alterações no consumo alimentar. O efeito do programa alimentar no risco cardiometabólico foi observado na redução da glicemia de jejum (p=0,02), comparando ao grupo controle (Teste de Mann-Whitney-W), os demais parâmetros não foram estatisticamente significativos. Em análise de regressão multivariada, ajustada por uso de hipoglicemiante, sexo e idade, a redução de 3,90 cm de CC, obtida após 12 meses de seguimento, determinou a diminuição de 2,535 mg/dL na glicemia, 44% da redução alcançada após 12 meses de seguimento. (R²=0,474, β=0,654, p=0,007), peso e IMC também explicaram a redução da glicemia sérica em 17% e 0,07%, respectivamente. Os fatores de risco cardiometabólico do grupo controle mantiveram-se iguais ao momento basal. O Programa Alimentar Brasileiro apresentou efeito significativo na redução da hiperglicemia e evoluiu, sutilmente, os parâmetros antropométricos, indicando que a melhoria da alimentação em pacientes crônicos com repercussão nos componentes do risco cardiometabólico é uma alteração lenta, devido à dificuldade em modificar o estilo de vida, sobretudo de pacientes crônicos.