Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNE CAROLLINE VERÍSSIMO DOS SANTOS
DATA: 25/01/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas, Sala 27
TÍTULO: Avaliação morfológica e molecular nas placentas de camundongos diabéticos não obesos (NOD)
PALAVRAS-CHAVES: Camundongos (NOD). Placenta. Diabetes. Alterações vasculares
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

O camundongo diabético não obeso (NOD) é um modelo experimental amplamente utilizado em trabalhos por desenvolver um quadro fenotípico de Diabetes mellitus do tipo 1, similar à doença humana. Durante a gestação a placenta é um órgão vital, sendo capaz de desenvolver diversas funções que possibilitam um desenvolvimento fetal saudável. Modificações na estrutura e função da placenta comprometem a sobrevivência e o crescimento do feto. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a influência da hiperglicemia nas alterações morfológicas e moleculares nas placentas de camundongos diabéticos não obesos (NOD). Foram utilizadas fêmeas NOD hiperglicêmicas (NODH) (glicemia sem jejum ≥ 270,0 mg/dl), NOD normoglicêmicas (glicemia sem jejum < 180,0 mg/dl) e fêmeas Balb-c. As placentas foram coletadas no dia 19,5 de gestação. Os seguintes dados foram analisados: peso materno, fetal e placentário; alterações morfológicas placentárias; e expressão imunohistoquímica dos anticorpos anti-Endoglina (CD-105), anti-Caspase-3 e anti-Histona-3. O peso materno das fêmeas NODH foi signicativamente menor no 0,5 dia de gestação (dg) comparado aos grupos NODN e Balb-c, no entanto, não houve diferença no ganho de peso entre os grupos durante o período gestacional. Verificou-se uma diminuição no peso dos fetos no grupo NODH quando comparado ao grupo Balb-c (989 ± 68 vs 1290 ± 57 p=0,03 n=8). O peso placentário foi maior no grupo NODH com relação ao NODN e Balb-c (190 ± 26 vs 130 ± 4 p=0,0001; 155 ± 8 p=0,007 n=8). Observou-se nos camundongos NODH aumento da zona juncional (ZJ) e redução no labirinto (L), as células dessas regiões apresentavam alterações nucleares e citoplasmáticas quando comparadas às placentas dos grupos Balb-c e NODN. As lâminas coradas com PAS mostraram reação positiva em todos os grupos com padrão de coloração e localização celular diferente entre eles. Observou-se na ZJ das placentas do grupo NODH redução de Caspase-3 e aumento de Histona-3, já no L, região de trocas materno-fetais esse grupo apresentou diminuição de CD105 e aumento de Histona-3, comparando com Balb-c e NODN. A hiperglicemia nesse modelo animal foi capaz de modificar as regiões da placenta e suas estruturas celulares o que pode ter alterado os eventos de apoptose, proliferação celular e angiogênese modificando a circulação placentária e provocando efeitos sobre o crescimento e desenvolvimento fetal.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1690759 - EMERSON TICONA FIORETTO
Interno - 255.460.308-10 - RODRIGO ANSELMO CAZZANIGA
Externo à Instituição - VALDEMAR ANTÔNIO PAFFARO JUNIOR