Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SIEUNE ROBERTA ARAÚJO GOMES DOS SANTOS
DATA: 21/01/2016
HORA: 14:30
LOCAL: SALA 27 CENTRO DE PESQUISAS BIOMÉDICAS
TÍTULO: Cintura Hipertrigliceridêmica: Associação ao Escore de Risco de Framingham e ao Risco Metabólico em Mulheres com Excesso de Peso e Hipertensas.
PALAVRAS-CHAVES: cintura hipertrigliceridêmica, risco cardiometabólico, obesidade abdominal.
PÁGINAS: 47
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

O aumento da prevalência da obesidade tem evidenciado uma maior importância na utilização de fatores que simultaneamente possam predizer o risco metabólico para Doenças Cardiovasculares (DCV). A Cintura Hipertrigliceridêmica (CH), definida como a presença simultânea do aumento da circunferência da cintura (CC) associada a elevadas concentrações de triglicerídeos, tem sido apresentada como um fenótipo de primeira triagem na caracterização de indivíduos portadores da tríade metabólica: hiperinsulinemia de jejum, hiperapoliproteína B e alta proporção de partículas densas e pequenas de LDL. A utilização desse fenótipo pode tornar a avaliação do risco cardiovascular dos indivíduos uma abordagem mais prática, viável e de menor custo, especialmente, nos serviços de atenção básica da saúde. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a associação da cintura hipertrigliceridêmica ao Escore de Risco de Framingham (ERF) e aos fatores de risco metabólicos em mulheres com excesso de peso e portadoras de hipertensão arterial sistêmica. Neste contexto, foi realizado estudo transversal no Ambulatório de Nutrição do Hospital Universitário da UFS, em mulheres com excesso de peso e hipertensas, com idade ≥ 20 anos e foram excluídas gestantes e/ou portadoras de doença crônica consumptiva (nefropatias, câncer e AIDS), através de amostragem simples por sorteio, sem reposição. Foi utilizado ponto de corte para CH de acordo com critério adotado pelo NCPET-ATP III para o sexo feminino: CC ≥88 cm e triglicerídeos ≥ 150 mg/dL. Foram estimadas as razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Para identificação dos fatores associados à CH foi utilizado o modelo de regressão logística. O nível de significância adotado foi de 5%. A prevalência da CH nas mulheres estudadas foi de 43%; enquanto que, a distribuição de seus componentes (CC e triglicerídeos) mostrou que a obesidade abdominal foi mais comum que a hipertrigliceridemia (98% vs. 43,4%). Foi verificado que o ERF alto/intermediário (escore > 10%), apresentou uma maior associação entre as mulheres com o fenótipo CH (24% /95) quando comparada com as mulheres sem CH (2%/221) e manteve uma associação significativa com a CH após ajuste na análise de regressão logística multivariada (p < 0.001). Os fatores metabólicos que se associaram a CH, após ajuste pela idade, IMC, atividade física e tabagismo, foram: glicemia de jejum, HDL-colesterol e colesterol total. A CH foi independentemente associada a alterações metabólicas e ao EFR. Sua fácil aplicação, baixo custo e poder discriminante pode permitir o rastreamento inicial de mulheres em risco metabólico e prevenir possíveis eventos cardiovasculares.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1933157 - CARLA RAQUEL OLIVEIRA SIMOES
Externo ao Programa - 1632071 - DANIELLE GOES DA SILVA
Interno - 1347234 - KARINA CONCEICAO GOMES MACHADO DE ARAUJO