Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINNY AYALLA COSMO DOS ANJOS
DATA: 30/08/2021
HORA: 09:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Cinema de periferia: novas narrativas, representatividade e luta política
PALAVRAS-CHAVES: cinema de periferia, representatividade, cultura periférica, narrativas sociais, cinema brasileiro.
PÁGINAS: 143
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
SUBÁREA: Cinema
ESPECIALIDADE: Roteiro e Direção Cinematográficos
RESUMO:
O cinema é um palco de disputa onde identidades e subjetividades são construídas, negociadas e percebidas dentro da cultura. Nesse cenário, conflitos de representação em relação à periferia referentes a questões de exclusão social, racismo e processos históricos, provocam a discriminação de um amplo setor da população brasileira. Nos últimos 20 anos, com a facilidade de acesso aos meios de produção audiovisual, em conjunto com iniciativas públicas e privadas, como políticas de inclusão e oficinas de vídeo, as periferias obtiveram a oportunidade de elaborar suas próprias representações imagéticas do seu cotidiano e suas vivências. Esta pesquisa analisa esta produção, a partir dos entrelaçamentos e conflitos que se estabelecem entre representações sociais preexistentes, investigando suas estratégias enunciativas e seus posicionamentos, e sua luta por visibilidade e reconhecimento. Tem como objetivo contribuir para um estado da arte sobre a produção acadêmica brasileira em referência ao Cinema de Periferia, no período de 2000 a 2020. Com base na sistematização desse conhecimento, disponibiliza-se um entendimento inédito e mais denso sobre o campo. Além disso, por meio de pesquisa bibliográfica e com uso de metodologia qualitativa, procedeu-se à análise da formação discursiva sobre a periferia no Brasil e de sua representação no cinema nacional. Também refletimos sobre as condições de formação desse cinema e seu panorama político. Por fim, referenciamos filmes, cineastas e coletivos periféricos, e realizamos análise do filme Ela volta na quinta (2014), de André Novais. Concluímos que o cinema de periferia pode ser uma das ferramentas para (re)elaboração de representações sociais, sendo fundamental para o enfrentamento de dispositivos históricos de desigualdade no cinema e na sociedade.