A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRÉ FILIPE DOS SANTOS LEITE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ FILIPE DOS SANTOS LEITE
DATA: 28/08/2020
HORA: 14:00
LOCAL: online
TÍTULO: ELETROCONVULSOTERAPIA E CINEMA: LUZES E SOMBRAS DE UM TRATAMENTO CONTROVERSO
PALAVRAS-CHAVES: Cinema. Psiquiatria. Eletroconvulsoterapia.
PÁGINAS: 136
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O fascínio do cinema pela psiquiatria, remonta aos primórdios da própria sétima arte.Seja pelo apelo imagético que o adoecimento mental parece ter aos olhos dos sujeitos,seja pela capacidade que o cinema tem de nos fazer (re)pensar o próprio aparatopsiquiátrico, a partir de sua representação. E é, mais precisamente, tomando por baseesse último aspecto, que o presente trabalho tem por objetivo analisar como se dá arepresentação, no cinema hollywoodiano, de um dos tratamentos mais antigos econtroversos da psiquiatria: a eletroconvulsoterapia. Utilizada até hoje, como recursoterapêutico, a eletroconvulsoterapia foi ilustrada em diversos filmes desde seusurgimento no final dos anos trinta. E até muito recentemente suscita intensos ecalorosos debates, entre os que a defendem como possibilidade terapêutica justificável eaqueles que a descrevem como um instrumento eminentemente de tortura. Através deum referencial teórico-metodológico pautado na análise visual crítica de Gillian Roseatravessada por elementos da analítica de discurso de Michel Foucault, foram analisados13 filmes em que a eletroconvulsoterapia é claramente retratada. As cenas onde aeletroconvulsoterapia é exibida, foram extraídas e comparadas, de modo a se procurarcontinuidades ou rupturas discursivas entre elas. Nesse processo, pode-se observar trêsformações discursivas que atravessam as películas estudadas: 1) a representação daeletroconvulsoterapia de maneira ambígua, mas ainda assim como um recursoterapêutico legítimo, que deve ser utilizado apenas em casos extremos (The Snake Pit,Fear Strikes Out e Shock Corridor); 2) a representação da eletroconvulsoterapia comométodo de tortura e silenciamento, usada como castigo para regular e docilizardeterminados padrões de comportamento de pacientes taxados como rebeldes ouproblemáticos (One flew over the cuckoo´s nest, Frances, Chattahoochee e The FifthFloor); 3) a representação da eletroconvulsoterapia totalmente desconectada doambiente da terapêutica psiquiátrica, em filmes bem diversos e que não temnecessariamente a psiquiatria como enredo. Nesses casos a eletroconvulsoterapia érepresentada basicamente de duas formas: A) como elemento de terror (Death Wish II,Child’s play, From Beyond e House On Haunted Hill); B) como um recurso cômico(The Beverly Hillbillies e Hudsucker Proxy). O estudo e caracterização de taisformações discursivas, permitem, assim, investigar os significativos efeitos culturais epolíticos que decorrem da representação cinematográfica desse método específico daterapêutica psiquiátrica. Permitindo, ainda, por fim, tomar o cinema como umalinguagem desestabilizadora dos dispositivos de poder, que nos faz repensar nossaspróprias certezas e atitudes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1182646 - CLAUDIENE SANTOS
Interno - 2184482 - LILIAN CRISTINA MONTEIRO FRANCA
Interno - 1712752 - MARIA BEATRIZ COLUCCI

Notícia cadastrada em: 03/08/2020 09:22
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua3.bigua3 v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf