Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINA SANTOS DE JESUS
DATA: 30/05/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: MIGRAÇÃO DE RETORNO E GÊNERO: TRAJETÓRIAS E PROCESSOS IDENTITÁRIOS ENTRE MIGRANTES RIBEIROPOLENSES
PALAVRAS-CHAVES: Migração de retorno. Trajetórias Migratórias. Gênero. Mudanças Identitárias.
PÁGINAS: 115
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:
A presente pesquisa objetiva analisar as trajetórias de indivíduos de Ribeirópolis/SE que retornaram de Santos/SP, bem como conhecer as mudanças identitárias, levando em consideração as singularidades [ocupação/profissão, provedor(a)/companheiro(a)] dos papéis sociais ligados ao gênero. O presente estudo situa-se, portanto, na interseção entre os estudos migratórios de retorno e os de identidade de gênero. O objetivo geral deste trabalho é saber como se deram as trajetórias de migração do retornado de Santos/SP a Ribeirópolis e quais foram as mudanças identitárias vivenciadas pelo retornado, tendo em vista as singularidades dos papéis sociais ligados ao gênero. Para tanto, em seu método utilizou-se da pesquisa qualitativa, mediante entrevistas semiestruturadas realizadas em pessoas de ambos os sexos, maiores de idade, com residência fixa em Ribeirópolis/SE, que retornaram de Santos/SP. Cujas análises foram realizadas por meio da confrontação direta entre a empiria e as teorias: da estruturação, processos identitários, migração e gênero, um encadeamento do construto teórico e analítico acerca das trajetórias migratórias destes participantes que serviram de base para a análise dos resultados. Assim sendo, constatou-se, portanto, que a motivação dos participantes, em sua grande maioria, que os levou a migrar foi a busca de trabalho e com isso, melhorar a condição de vida. Para tanto, destacou-se o papel das redes sociais (em especial, familiares), desde a ida, estadia em Santos/SP e na decisão por retornar. Verificou-se também que, apesar das dificuldades e contratempos típicos de cidade grande, a experiência de migrar foi considerada positiva, e que a trajetória migratória contribuiu positivamente para a autopercepção da atual identidade, pois foi unânime a afirmação que hoje se percebem como pessoas mais evoluídas, graças a experiência de migrar. Por fim, certificou-se que as influências sociais ligadas ao gênero associadas ao baixo nível de escolaridade foram determinantes no momento de adentrarem no mercado de trabalho.