A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de DEFESA: DANIELA NOGUEIRA AMARAL

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELA NOGUEIRA AMARAL
DATA: 17/02/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de aula do PPGS - Didática 2
TÍTULO: AS MÃES NO PAPEL OU QUANDO AS MÃES FAZEM GÊNERO: Uma sociologia da maternidade à luz de representações identitárias eleitas pela ficção brasileira na década de 60
PALAVRAS-CHAVES: Representações Sociais. Maternidade. Literatura
PÁGINAS: 356
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
RESUMO:

Este trabalho pretende analisar algumas representações da maternidade construídas, eleitas, sedimentadas pela ficção brasileira (contos) na década de 1960. Para isso, num primeiro momento (Capítulo I), esclarecemos a pertinência dos nossos direcionamentos metodológicos, quais sejam: as inúmeras homologias entre Literatura e Ciências Sociais, que fazem, do ‘campo literário’, um espaço especificamente proveitoso de interpretação contextual, pois ‘as verdades das mentiras’ artísticas referendam prolíficas e variadas visões de mundo; outrossim, quando falamos em representações literárias, trazemos, à cena, muitos dos pressupostos que arregimentam também as Representações Sociais. Dentro dessa perspectiva, lembramos que tal proposta coloca em tela, de maneira singular, representações de representações, já que os discursos por elas constituídos são discursos autorais os mais diferenciados, discursos que condensam vozes pluralistas e, distribuídas entre as falas do narrador e de cada personagem, testemunham uma época específica. Num segundo momento (Capítulo II), como o nosso foco é a maternidade, empreenderemos uma pequena viagem em torno da História e da Sociologia da Família, privilegiando, obviamente, os espaços ocupados pelas mães em cada paragem destacada. Dentro desse projeto, os recantos preparados pela pena dos românticos também serão contemplados, já que com suas idealizações de casamento, de amorosa complementaridade entre os sexos, de maternagem efetiva e afetiva, o Romantismo ajudou a instituir uma novo modelo familiar, em muitos aspectos, ainda hoje reverenciado. Seguindo, assim, essa linha de projeção artística (Capítulo III), as representações maternas desfilarão com inúmeras vestes, apreciadas não apenas em território nacional. Nesse croqui, significativas imagens das mães figurarão, em contextos variados, ‘costumizadas’ por religiosos, dramaturgos, romancistas, poetas, compositores, cineastas, constituindo, também, esses registros, fontes profícuas de leituras, análises e comparações diversificadas. Para arrematar, então, toda essa tapeçaria teórica e metodológica que, no decorrer de todo o trabalho, privilegiou as linhas e entrelinhas que ancoram as representações da maternidade num topos ambivalente entre realidade e invenção (Capítulos IV, V e VI), serão analisados 6 contos de autores canônicos para a literatura brasileira: Feliz Aniversário e Laços de Família, de Clarice Lispector; A Sogra Bonita e Amor de Mãe, de Nelson Rodrigues; O Menino e Natal na Barca, de Lygia Fagundes Telles. Por fim (Conclusões), através da exemplaridade, qualitativa e quantitativa, do nosso corpus - indexado por outras interpretações, ainda contemporaneamente-, num diálogo intertextual nunca finito, levantaremos certas questões, demonstrando os alinhamentos e semelhanças que, não apenas nessas obras específicas, mas em muitos outros desdobramentos, erigem, para mães, o lugar mais destacado na pinacoteca dos quadros familiares pintados pela ficção. Assim, sobretudo nos referidos contos, a despeito das identidades maternas serem múltiplas, transidas por toda sorte de polissemias, estas identidades se sobressaem ‘empoderadas’, constituindo um emblemático matriarcado, no sentido mais corriqueiro do termo; um matriarcado que testemunha e alinhava, ‘valorativamente’, Representações Sociais complexas, às vezes, simplificadamente desveladas num imaginário comum, seja enquanto desejo, necessidade ou como verdades e projeções arquetípicas, intensamente, experimentadas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1655779 - ANTON PETER MULLER
Presidente - 1568142 - CHRISTINE JACQUET
Externo à Instituição - HUMBERTO LUIZ LIMA DE OLIVEIRA
Interno - 2222766 - MARCUS EUGENIO OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 2243901 - MONICA CRISTINA SILVA SANTANA

Notícia cadastrada em: 29/01/2016 09:18
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua2.bigua2 v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf