Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAMUEL FERNANDES LUCENA VAZ-CURADO
DATA: 28/02/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Biblioteca do NUPEC
TÍTULO: Teoria dos ciclos econômicos: a economia brasileira entre 2003 e 2018.
PALAVRAS-CHAVES: Teoria keynesiana. Teoria austríaca dos ciclos econômicos. Modelo GSMS. Economia brasileira. Atas do Copom.
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO:
O ciclo econômico constitui um dos principais campos da ciência econômica. Esta dissertação debate teorias dos ciclos de orientações keynesiana e austríaca. Segundo os economistas keynesianos, os ciclos são consequência de flutuações da confiança e das expectativas e devem ser respondidos com políticas econômicas anticíclicas. Para desenvolver esta corrente, o trabalho recorre às contribuições originais de Keynes, ao modelo IS-LM e a considerações pós-keynesianas sobre o ciclo. Para os economistas austríacos, as flutuações de curto prazo são naturais, mas o ciclo econômico é causado por desequilíbrios no mercado monetário e no sistema de preços. Como desenvolvimento da teoria austríaca, o trabalho faz uma exposição do modelo GSMS. A análise empírica do trabalho aborda a economia brasileira entre 2003 e 2018. Apesar de taxas elevadas de crescimento num primeiro momento, a economia chega aos últimos anos da década de 2010 estagnada, sem conseguir aumentar sua produção e com um alto número de desempregados. O objetivo é relacionar o aumento do crédito e da moeda durante o período proposto com as fases de expansão e retração econômica, no contexto do sistema de metas de inflação. O trabalho propõe a investigação das motivações por trás das políticas macroeconômicas, buscando identificar o discuso oficial do governo. Para tanto, propõe-se a leitura das atas das reuniões do Copom e de discursos e leis relevantes ao longo do período. Além disso, utiliza-se de revisão bibliográfica e estatística descritiva. A dissertação indica pontos de concordância entre austríacos e keynesianos, como o excesso de investimentos infundados na fase de alta do ciclo e a tese da não neutralidade da moeda. Os resultados empíricos apontam que o Copom, ao seguir o sistema de metas de inflação, ignorou o crescimento excessivo da oferta monetária.