Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MISLENE VIEIRA DOS SANTOS
DATA: 14/08/2014
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Departamento de História (DHI)
TÍTULO: O FESTIVAL DE ARTE DE SÃO CRISTÓVÃO E A POLÍTICA CULTURAL DOS GOVERNOS MILITARES (SERGIPE, 1972-1995)
PALAVRAS-CHAVES: Festival de Arte de São Cristóvão Ditadura Políticas Culturais.
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:
Esta pesquisa investigou o Festival de Arte de São Cristóvão (FASC), promovido pela Universidade Federal Sergipe (UFS), entre 1972 a 1995, que se tornou o mais importante projeto de extensão cultural da Universidade desse período, contando com uma proposta de realização anual e recursos financeiros do MEC e FUNARTE. A partir daí analisou-se as relações do Estado brasileiro com a promoção da cultura, especialmente durante a vigência do período militar (1964-1985). Buscou-se, ainda, no estudo da organização, execução e repercussão do Festival, identificar a atuação dos governos militares no campo da cultura, os usos que se faziam dela e os interesses que moviam tais políticas culturais; bem como, atentar para a promoção da censura, coibindo manifestações culturais consideradas “desviantes”. Procurou-se, também, analisar ambiguidades e por vezes contradições na relação entre tais governos e a Universidade, num contexto de vigilância, repressão, mas também de investimentos financeiros e prováveis favorecimentos mútuos. Examinou-se, por fim, os diferentes usos do FASC, suas diversas repercussões sociais e como refletiu sobre ele as mudanças nas políticas culturais processadas no contexto de redemocratização, no pós-1985. As noções de representação e apropriação, formuladas na área da história cultural, constituem o principal aporte teórico na construção da problemática da pesquisa. As principais fontes utilizadas partiram do largo acervo documental sobre o FASC presente no Arquivo Central da UFS, onde foi possível encontrar grande parte dos documentos decorrentes de cada edição, bem como diversos recortes de jornais relacionados à sua repercussão. Além disso, também foram produzidas fontes orais, a partir de entrevistas realizadas com membros das comissões organizadoras do FASC.