Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAIZE SANTANA DE SOUZA
DATA: 25/07/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Multiuso do PPEC
TÍTULO: INFLUÊNCIA DA ZONAÇÂO SOBRE A ESTRUTURA POPULACIONAL E BIOLOGIA REPRODUTIVA DE UCA LEPTODACTYLUS (CRUSTACEA: DECAPODA: OCYPODIDAE) EM ESTUÁRIOS DO ESTADO DE SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: Zona entremarés; chama-maré; distribuição; ecologia de populações; estratos
PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:
O presente trabalho investigou o efeito de diferentes estratos de maré sobre a abundância, tamanho, razão sexual, estrutura populacional, crescimento relativo, maturidade sexual morfológica, quantidade de fêmeas ovígeras e tocas reprodutivas em U. leptodactylus. Para tal, foram realizadas coletas mensais no período de Janeiro à Dezembro de 2013 em dois estratos do entremarés, nos estuários do rio Sergipe e rio Vaza-barris, utilizando-se um quadrado com área interna de 90cm², lançado dez vezes aleatoriamente em cada estrato. Para cada estrato mensalmente foram tomadas as medidas de temperatura do ar, temperatura do substrato, temperatura da água, salinidade e amostras do episubstrato, para a determinação do teor de matéria orgânica e composição granulometria. Em laboratório, os caranguejos foram sexados, medidos e conservados em álcool 70%. Os resultados obtidos mensalmente foram comparados estatisticamente entre estratos e estuários, observou-se semelhança nos fatores ambientais analisado entre os estratos, com diferenças nos padrões biológicos. A abundância e o tamanho dos caranguejos foram maiores nos estratos abertos de ambos os estuários, sendo o estuário do rio Vaza-barris mais abundante do que o estuário do rio Sergipe, que por sua vez apresentou caranguejos maiores. A razão sexual não apresentou diferença significativa entre os estratos para o estuário do rio Vaza-barris, porém apresentou para o estuário do rio Sergipe, onde no estrato aberto ocorreram mais machos e nos estratos vegetados mais fêmeas. A estrutura populacional apresentou 19 classes de tamanho de 0,5 mm, com distribuição modal de juvenis recentes para os estratos vegetados e de adultos para os estratos abertos. Os caranguejos juvenis e adultos apresentaram crescimento alométrico positivo entre a largura da carapaça e comprimento do própodo e largura do abdômen, separadamente para cada sexo. Os chama-marés dos estratos vegetados maturaram em tamanhos menores do que o observado para os estratos abertos de ambos os estuários, no estuários do rio Vaza-barris os machos e fêmeas maturaram com 6,18 e 5,26 mm e 4,94 e 4,91 mm de largura da carapaça nos estratos aberto e vegetado, respectivamente. No estuário do rio Sergipe os machos e fêmeas maturaram com 5,61 e 5,36 mm e 5,24 e 4,39 mm de largura da carapaça nos estratos aberto e vegetado, respectivamente. A semelhança nos fatores abióticos entre os estratos abertos e vegetados, e as divergências na abundância, estrutura populacional e biologia reprodutiva, levaram à consideração do comportamento reprodutivo de “lekking” para U. leptodactylus. As fêmeas ovígeras e tocas reprodutivas ocorreram prioritariamente nos estratos abertos, portanto essas áreas foram consideradas arenas reprodutivas, enquanto os estratos vegetados foram considerados áreas prioritárias no recrutamento.