Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA TEIXEIRA DA SILVA
DATA: 03/07/2012
HORA: 13:00
LOCAL: NO AUDITÓRIO DO HOSPITAL SAO LUCAS
TÍTULO:
Estado Nutricional e Evolução Intra-hospitalar de Pacientes Submetidos à Cirurgia Cardíaca.
Palavras-chave: cirurgia cardíaca, estado nutricional, avaliação nutricional
RESUMO
Influencia do estado nutricional na morbimortalidade de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Juliana Teixeira da Silva. Aracaju, 2012.
Alguns trabalhos sugerem haver uma forte correlação entre alterações do estado nutricional e maior incidência de complicações no pós-operatório de cirurgias de grande porte, ao passo que o comprometimento nutricional é responsável por alterações fisiológicas que poderiam impactar de forma negativa na evolução clínica dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Objetivo: Determinar o estado nutricional de pacientes candidatos à cirurgia cardíaca e sua relação com o prognóstico intra-hospitalar destes pacientes. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, de caráter prospectivo, baseado no acompanhamento peri-operatório de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca em um hospital da cidade de Aracaju-SE. A coleta de dados foi dividida em três etapas: 1ª etapa – Coleta das variáveis pré-operatórias (idade, gênero, presença de co-morbidades, determinação do euroSCORE, IMC, % de adequação da PCT, CB e CMB, e CC); 2ª etapa – Coleta das variáveis pós-operatórias (óbito e presença de complicações infecciosas ou não); 3ª etapa – O acompanhamento pós-operatório se estendeu após a alta hospitalar por meio de um contato telefônico semanal até o 30º DPO. Resultados: A amostra foi constituída por 173 indivíduos de ambos os sexos, com idade média de 57,4±10,5 anos, sendo a maioria do sexo masculino (59,5%). O procedimento cirúrgico mais frequente foi a CRM, a qual foi realizada em 116 indivíduos (67%). Comorbidades estiveram presentes em 135 indivíduos (78%). A mortalidade foi de 16,2% e o tempo médio de permanência hospitalar de 8 dias. 58,8% dos indivíduos apresentavam diagnóstico de sobrepeso/obesidade determinado pelo IMC e mais de 30% dos pacientes apresentaram reservas de massa muscular, expressas pela adequação da CB e da CMB, abaixo da faixa de normalidade (34,7% e 32,4%, respectivamente). A análise de qual ou quais variáveis antropométricas esteve associada à variável óbito mostrou uma relação significativa com o IMC (p=0,005), a adequação da PCT (p=0,007) e adequação da CB (p=0,01). Com relação às variáveis antropométricas que estiveram associadas à variável complicações pós-operatórias pôde ser observada uma relação significativa com o IMC (p=0,04), a CC (p=0,02) e adequação da CB (p=0,005). Conclusão: As variáveis do estado nutricional influenciaram a ocorrência de óbito e complicações pó-operatórias, estando estes desfechos associado ao IMC, e as medidas antropométricas que refletem as reservas de massa muscular e gordura subcutânea.