Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA EDILAINE ROSÁRIO FERREIRA
DATA: 02/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: plataforma a definir
TÍTULO: Evolução clínica da infecção pelo SARS-CoV-2 em indivíduos com
obesidade: Revisão sistemática com metanálise
PALAVRAS-CHAVES: SARS-CoV-2. Covid-19. Obesidade. Terapia intensiva. Intubação.
Mortalidade.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:
A infecção causada pelo novo coronavírus apresenta gravidade variável,podendo evoluir desde formas assintomáticas até manifestações que levam ao óbito.Nesse sentido, em suas apresentações mais graves, a pandemia da Covid-19 já resultouem milhões de mortes em todo o mundo. Em virtude disso, os pesquisadores tentamentender quais condições contribuem para a gravidade da doença. Um dos principaisfatores de risco é a obesidade, uma doença crônica que já demonstrou contribuir para osurgimento e o agravamento de uma série de condições, incluindo doençascardiovasculares e diabetes. Objetivo: Dessa forma, o objetivo desse estudo foi realizaruma revisão sistemática com metanálise sobre a evolução clínica da infecção peloSARS-CoV-2 em indivíduos com obesidade. Metodologia: Realizou-se uma busca porpares nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus e Embase, e na literaturacinza (Google Acadêmico, bioRxiv e medRxiv) entre fevereiro e abril de 2021, comfiltro para ano de publicação entre 2019 e 2021, mas sem restrição quanto ao idioma oulocal de publicação. Resultados: Seguindo o modelo PRISMA, foram incluídos 13artigos, totalizando 9189 indivíduos. Verificou-se que os pacientes com obesidade têmníveis mais elevados de proteína C reativa, ferritina e D-dímero, e maior risco deapresentar dispneia (OR 1,616 [1,320-1,978], p <0,001), febre (OR 1,382 [1,102-1,735],p= 0,005) e tosse (OR 1,323 [1,081-1,620], p = 0,007) em comparação àqueles semobesidade. Foi constatado também que pacientes obesos infectados pela Covid-19tiveram maior risco de intubação (RR = 1,48 [1,31-1,670]) e de admissão em unidadesde terapia intensiva (RR = 1,37 [1,20-1,56]) do que os não obesos, porém sem impactona mortalidade (RR = 0,97 [0,77-1,21]). Conclusão: Dessa forma, esta revisão reforça opotencial de gravidade da infecção pelo novo coronavírus entre pacientes comobesidade, destaca que o excesso de gordura corporal não é fator preditor definitivo paramortalidade e ressalta que dispneia, tosse e febre devem ser valorizadas noDepartamento de Emergência.