Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYARA GOMES LIMA SANTOS
DATA: 17/08/2018
HORA: 08:30
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU
TÍTULO: Avaliação do efeito da membrana de gelatina contendo ácido úsnico no processo de cicatrização de queimadura de córnea.
PALAVRAS-CHAVES: Membrana de gelatina. Ácido úsnico. Cicatrização. Queimadura de córnea
PÁGINAS: 73
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:
As queimaduras oculares químicas estão entre as causas mais frequentemente relatadas de lesões oculares. Essas lesões podem variar desde dano epitelial unilateral leve conjuntival ou corneano até danos à conjuntiva e córnea com risco de perda da visão. Sabendo da importância de novas propostas de tratamento para tal afecção, objetivamos investigar o potencial de membranas à base de gelatina contendo ácido úsnico carreado em lipossomas em promover cicatrização de queimaduras da córnea utilizando modelo animal. A análise da atividade biológica das membranas de gelatina contendo ácido úsnico foi realizada por meio do ensaio da membrana corioalantóica (MCA) onde ovos de galinha da espécie Gallus domesticus e da linhagem Ross foram mantidos em uma incubadora para ovos fertilizados de galinha mantida a 37 °C e 60% de umidade e rotação constante. Para avaliação de tolerabilidade ocular da membrana de gelatina foi realizado o Teste de Ovos de Galinha - Teste de Membrana Corioalantóica (HET-CAM) expondo a MCA à contato por 5 min com a membrana de gelatina com e sem ácido úsnico, a MCA foi lavada com solução de PBS e em seguida, os vasos sanguíneos e o sistema capilar foram examinados quanto a efeitos irritantes no pós-tratamento, incluindo hiperemia, hemorragia e coagulação, em vários intervalos (0, 0,5, 2 e 5 min). Para a realização do estudo em animais, foram utilizadas 6 coelhas da espécie New Zealand, com idade de 3 meses e pesando 2 Kg. A lesão química na córnea dos animais foi realizada por exposição ao etanol absoluto durante 30 segundos. Os animais foram divididos em dois grupos do estudo: grupo com lesão tratado com membrana de gelatina contendo ácido úsnico carreado em lipossomas (n=3) e grupo com lesão tratado com membrana de gelatina sem ácido úsnico (n=3). Para avaliação da cicatrização a área lesada foi demarcada com 1 (uma) gota de colírio fluoresceína e posteriormente os animais foram expostos à luz de cobalto e então realizado o registro. Afim de identificar células mortas na córnea, 1 (uma) gota de colírio Rosa Bengala (1,0%) foi instilada no olho a ser avaliado, após ser anestesiado topicamente, após 1 minuto os animais foram expostos à luz branca e então realizados os registros. Para avaliação histológica foi utilizado coloração hematoxilina e eosina para avaliação histopatológica padrão e corante tricrômico de Gomori para avaliação de fibras de colágeno. Observou-se que a membrana de gelatina contendo ácido úsnico carreado em lipossomas promove neovascularização sem promover toxicidade e são biocompatíveis com o sistema ocular pelos métodos da MCA e HET-CAM. Além de não promover irritabilidade ocular, as membranas promoveram melhor cicatrização de queimadura química corneana, bem como uma redução do número de células mortas e irritabilidade conjuntival no grupo tratado quando comparado ao grupo controle. Além disso, nos animais tratados com membrana de gelatina contendo ácido úsnico foi observado menos granulação e feixes de colágeno mais organizados alinhados paralelamente na camada estromal quando comparados com animais tratados com a membrana sem ácido úsnico.